O que o falecido diria? (Ashton Kutcher)

Ouvi um ótimo Podcast do Reid Hoffmann com Ashton Kutcher, link aqui.

Para quem não sabe além de ator, ele é um grande Venture Capitalist e investiu em empresas como Airbnb, Uber, Foursquare, Robin Hood e outras.

Sobre Inteligência Artificial, Ashton relatou:

“Tive um amigo que era rabino. Ele faleceu 8 anos atrás.

Juntei todos os vídeos e livros dele e integrei essa base de dados com o GPT.

Se estou pensando na Torá, consigo ir até o GPT e fazer boas perguntas para trazer a perspectiva que meu amigo provavelmente teria, sobre o assunto.”

Isso soa mórbido demais para você, leitor, ou até algo “sobrenatural” (praticamente, falar com um morto)? Ou é algo completamente comum do nosso universo de AI que precisamos normalizar?

Fica a reflexão!

Trabalho remoto em tech dá certo quando…

Estava pensando sobre aquela dicotomia de:

  • “Na empresa X o remoto dá super certo!” e “Nessa outra voltaram com o presencial por falta de produtividade”

Para mim existem 2 simples fatores que fazem o trabalho remoto em empresas de tecnologia vingar ou não:

1.Senioridade do time

  • Queridos leitores, se o time é Senior (ou maduro) é uma coisa
  • Provavelmente são pessoas que já tiveram alguns anos no presencial, sabem regras básicas e rituais e (pelo menos desde a pandemia) tiveram anos pra “aprender” a produzir e se relacionar-comunicar remotamente
  • Essas pessoas normalmente pensam em fazer cases ou escolheram a empresa a dedo (com outras oportunidades batendo à porta) e querem fazer acontecer
  • Muitas delas entram as 9h e saem as 18h mas são super produtivas nas horas de trabalho
  • Conversei com um founder recentemente que virou muitas chaves optando por trazer um time em sua esmagadora maioria, de Seniores com este perfil que citei
  • Agora, se o time é Junior existem premissas que precisam ser pensadas das coisas mais básicas como rituais; definição de trabalho; entregas; cobranças; comunicação e afins
  • Não é culpa de alguns membros da Geração Z de não terem trabalhado presencial, longe disso, mas a curva de rampeamento sobre ‘definição de trabalho’ precisa ser um assunto relevante -> vai da empresa montar um bom Onboarding de funcionários e acompanhar de perto isso tudo com bons 1-1s, PDIs e afins
  • Leia: ZConomy, vale a pena

2.Momento da empresa

  • Quase ninguém fala disso, mas na real é super relevante!
  • Startups ou empresas pequenas em estágio inicial, muitas que não acharam Product Market Fit ainda, com certeza vão penar mais (ou demorar mais para avançar) no remoto
  • Eu já trabalhei em uma que tenho certeza que se o trabalho fosse presencial ou encontros mais rotineiros e intensos, isso teria acelerado muito as coisas
  • Fato é: empresas sem Playbooks penam mais começando no remoto
  • Já empresas mais maduras, com Playbooks bem definidos e máquinas rodando (Startups mais consolidadas, Scale-ups, etc.) ganham essa facilidade do remoto justamente pois os Playbooks estão lá para serem seguidos
  • Normalmente, existem ferramentas, automações, dashboards e muita clareza em processos. É até fácil entender quem demitir pois as regras são claras, por exemplo

Para mim o sucesso ou fracasso do remoto passa por esses 2 fatores. Até!

Software como Serviço -> Serviço como Software (Sequoia)

Diretamente do site da Sequoia, inspirado no tweet do Rodrigo Fernandes:

“A transição para a nuvem foi Software as a Service. Empresas de software se tornaram provedoras de serviços em nuvem. Isso trouxe um mercado de US$350 bilhões.

Graças ao raciocínio de Agentes, a transição da IA ​​é de serviço como software. Empresas de software transformam trabalho em software.

Isso significa que o adressable market não é o mercado de software, mas o mercado de serviços medido em trilhões de dólares.

Mas o que significa vender serviço?

Vamos pegar o exemplo da Sierra. Empresas B2C colocam Sierra para falar com seus clientes e o trabalho é resolver o problema do cliente, por isso a cobrança é por resolução. Não existe “pagar por user”.”

Coloquei isso num framework via Napkin pra deixar a ideia mais clara:

Ótima reflexão – precisamos definitivamente nos adaptar como negócios.

A velocidade da decisão importa

Costumo pensar que pessoas são bem pagas para tomarem melhores e mais impactantes decisões.

O Messi é o que é pois em fração de segundos consegue tomar decisões boas e, de forma objetiva, fazer ou contribuir para gols que levam a conquista de títulos e muito dinheiro. E consegue unir qualidade e velocidade desde pequeno.

Ele é pago para tomar boas decisões. O como? Sua habilidade, esforço e vontade.

Em Startups ou Scale-ups vejo muitas pessoas que não gostam do famoso “faça rápido e quebre coisas”. Tudo bem, mas o que defendo é:

De nada adianta uma decisão ter qualidade, se não teve velocidade.

Jeff Bezos em uma carta de 2016 escreveu:

Você se contentou apenas com a qualidade da decisão ou também está atento à velocidade da decisão?

Ex: posso ser um Head de CS muito bom que decido implantar um novo Health Score. Se creio que essa decisão tem impacto positivo sobre os clientes e retenção, priorizá-la faz sentido – não posso levar 1 ano para implantá-la.

Atirar pra todo lado não faz sentido, mas unir qualidade e velocidade em um mundo com mudanças tão rápidas é premissa essencial para todos nós.

Criatividade economiza dinheiro (Mr. Beast)

Estava lendo o memo que o Mr. Beast escreveu para todos os novos funcionários.

Me deu vários insights, inclusive de escrever o mesmo para meu time de CS.

Uma das partes era: “Creativity Saves Money”, e achei bem relevante para o atual momento de eficiência que vivemos nas empresas tech e em operações de Customer Success.

Traduzi e trago aqui na íntegra:

Criatividade economiza dinheiro

Não acho que seja uma surpresa quando digo que não temos dinheiro ilimitado aqui.

Não podemos ter todos os vídeos constantemente ultrapassando o orçamento porque o dinheiro tem que vir de algum lugar, mas você está em uma situação difícil porque eu sempre quero vídeos melhores e melhores.

Muitas pessoas que trabalham aqui definitivamente já pensaram: “Se o Jimmy quer que fiquemos dentro do orçamento, por que ele continua nos pedindo para fazer tantas coisas caras?” ou “Eu sei que o Jimmy não vai gostar disso, então preciso gastar mais dinheiro”.

As pessoas sempre assumem que o dinheiro é a resposta, e que se simplesmente gastarmos mais dinheiro podemos dar ao Jimmy o que ele quer. O que é errado, a criatividade é a resposta.

Aqui está um exemplo que eu uso o tempo todo com nossa equipe de jogos: Eles adoram distribuir prêmios em todos os vídeos. Mas o que parece mais legal para você como prêmio para um vídeo de jogos?

a) $20.000

b) ou um ano de fornecimento de Doritos?

Para mim, um ano de Doritos é muito mais engraçado e acho que nosso público acharia isso hilário.

Então, digamos que definimos um ano de fornecimento de Doritos como 5 pacotes por dia durante 365 dias. Isso daria 1.825 pacotes de Doritos, e uma rápida pesquisa no Google mostra que você pode comprar um pacote de Doritos por 1 dólar.

Nosso prêmio para o vídeo acabou de cair de $20.000 para $1.825 porque não jogamos dinheiro no problema e usamos a criatividade. Isso se aplica a tudo que cada um de vocês faz. Seja encontrar um guindaste para um vídeo, decidir prêmios, escolher locações, encontrar componentes críticos ou fazer a menor das tarefas, use a criatividade para economizar dinheiro.

Porque cada dólar que economizamos me permite dar mais estabilidade a vocês e contratar mais pessoas para facilitar a sua vida. Se você quiser ter sucesso aqui, diga isso 10 vezes na sua cabeça: “Criatividade Economiza Dinheiro”.