Em certos momentos da vida queremos ajudar pessoas.
Queremos ajudar pessoas a serem mais, a conquistarem mais, a darem um passo na vida.
Amigos, parentes, profissionais: sentimos que conseguimos ajudar essa pessoa, e isso soa como uma missão a ser cumprida.
Por vezes até já temos traçado na cabeça um plano para isto, um cronograma, uma ideia concreta.
Mas às vezes essa coisa não dá certo pois a pessoa não corre atrás, não se organiza, e não avança etapas.
O que aprendi é: não adianta querer mais que a pessoa.
Se a pessoa não se esforça minimamente para conquistar o que deseja, não há milagre que ajude, não há empurrão que salve e não há ajuda que adiante. Como diria Naval Ravikant, “Escolhas fáceis, vida difícil. Escolhas difíceis, vida fácil.”
Em um testemunho pessoal: praticamente toda semana recebo mensagens de pessoas querendo mudar de emprego, uma nova carreira e afins. Maioria por Linkedin.
Quando indico os passos que julgo serem necessários, sinto um ar de tristeza: “Tudo isso?” e sei que em grande parte dos casos a pessoa não agiu proativamente para conseguir o que queria.
Me tranquilizo lembrando de uma frase de Thoreau, em Walden (meu livro preferido):
“Se um homem marcha com um passo diferente do dos seus companheiros, é porque ouve outro tambor”.
Ou seja, quem sabe essa pessoa simplesmente ouve outro tambor. Faz parte da vida.
Até 🙂