Sobre contratar pessoas adaptáveis (Seth Godin)

Li um mini post do mestre Seth Godin e resolvi adaptar e traduzir:

“Quando uma empresa descobre um modelo de sucesso, ela começa a crescer.

E quando cresce, precisa de mais funcionários. E contratam funcionários para tasks específicas e habilidades para fazer essas tasks.

Basicamente a empresa precisa de uma pessoa que entregue de forma confiável e obediente o que é preciso AGORA.

E essa é a base para a estagnação.

Quando as coisas mudam, e isso sempre acontece, a empresa fica cheia de pessoas que se inscreveram (e foram contratadas) para competências específicas.

O que aconteceria se, em vez disso, contratássemos solucionadores de problemas e artistas de improvisação resilientes que estivessem dispostos a fazer o trabalho de hoje porque ele precisava ser feito…

…Mas também estivessem preparados (e ansiosos) para o desafio de amanhã?

Acho que faz muito sentido, pois muitas vezes nos vemos presos na description de cada job e não notamos que períodos de mudanças podem gerar desenvolvimento de habilidades que demonstrem que a mesma pessoa consegue surfar ondas maiores.

Thanks, Seth.

Não dá para esperar uma experiência presencial, no remoto

“Liderança de time remoto” é um tema pouco explorado com profundidade.

Dentre vários pontos que venho pensando sobre, alinhamento de expectativas é um.

  • Se tivemos uma experiência próxima com um líder ou time no presencial-híbrido de outrora
  • Não podemos esperar a mesma experiência próxima no remoto

O que quero dizer é:

  • Ao invés de tomar um cafezinho na segunda-feira cedo e contar do fim de semana, talvez isso vire um “bom dia!” meio sem sal no Slack
  • Ao invés de saber sobre a família das pessoas, se sentir até íntimo de colegas, talvez você não conheça profundamente maioria das pessoas que não fazem 1-1 com você
  • Ao invés de 1.000 interações olhando no olho ao longo de um período, você provavelmente tenha 1.000 mensagens trocadas de forma assíncrona

Definitivamente não dá para esperar uma experiência presencial, no remoto. E quando isso é forçado, acho pior ainda. Na pandemia a empresa que trabalhei cansava de tentar marcar Happy Hours online que ficaram muito chatos ao longo do tempo.

Para mim, melhor é saber entender que uma coisa não é outra e refletir:

“Como posso exprimir o melhor do remoto?” em termos de relações, entregas e crescimento. Eis o desafio.

Senioridade = comunicação enxuta

Vi um post de Linkedin e trouxe a ideia principal pra cá:

“Na semana passada ouvi um executivo falar:

‘Toda vez que faço uma pergunta a essa pessoa, recebo respostas longas e com detalhes irrelevantes. Isso mostra que está longe de ser uma liderança.’

Minha amiga Chris Heckart compartilhou uma citação:

“Muitos detalhes fazem você parecer junior”

Ouvi isso em uma roda de CMOs e fez muito sentido.

Quero dizer: dominar os detalhes é o que fez a diferença em nossas carreiras, mas quanto mais crescemos na carreira, SINTETIZAR e RESUMIR é ouro.

Um C-Level quer que você tenha profundidade, mas enviar ‘spam’ para os ouvintes faz parecer que você não consegue ter visão da floresta, só das árvores.”

E eu Lui assino embaixo.

“Acho que clareza ao escrever indica clareza de pensamento.” – Matt Mullenweg

Nessa vida remota-async, adoro quando peço algo para time, adoro quando conseguem trazer um pensamento organizado, por exemplo por tópicos e sub-tópicos – mas estou para escrever um artigo somente sobre isto.

Até!

AI gerando perda de capacidades (Tim Ferriss)

Estava ouvindo um Podcast de Q&A com Tim Ferriss e ele comentou:

Assim como muita gente já não se localiza mais sem Google Maps,

com AI muitas pessoas vão perder capacidades que possuem por super uso de AI.

Mesmo podendo usar AI, vou continuar escrevendo e exercitando minha escrita humana cada vez mais.

Achei interessante e vem bem de encontro com Sistemas > metas de Scott Adams que gosto tanto.

Brian Chesky e a liderança proposital

Já tinha acompanhado outros conteúdos do CEO do Airbnb sobre como mudou seu estilo de liderança, como deixou as coisas menos soltas e afins.

Recentemente descobri o Bloomberg Originals da sempre ótima Emily Chang, e vi uma entrevista com Chesky.

  • Basicamente na pandemia (que despertou medo no business do Airbnb por motivos óbvios) um advisor falou: “Esse é o seu momento decisivo sobre ser CEO” – aquela velha e boa história de wartime
  • E complementa:

  • “Aprendi a me desculpar menos por ‘como eu conduzo a empresa’
  • Nós contratamos gente de Google, Apple, Microsoft, Amazon e eles trazem sua própria maneira de trabalhar.
  • “Percebi que eu sempre estava tentando fazer um meio campo entre ‘como eu conduzo a empresa; como eles queriam que a empresa fosse conduzida’
  • “E o resultado disso foi mediano
  • “Então entrei em ‘wartime’ e descobri que enquanto eu puxava mais as coisas; comandava; ia de forma mais determinada e mais ‘chefe’ a surpresa foi:
  • “As pessoas ficaram felizes! Porque elas tinham diretrizes claras.”