Não ouça conselhos vazios sobre paternidade

Quando você descobre que vai ser pai, as frases mais comuns são:

  • Prepare-se para a GUERRA!
  • Você não vai dormir por ANOS!
  • Sua vida a dois ACABOU!
  • Se prepare para passar o dia TROCANDO FRALDAS!
  • Isso vai ser a coisa mais DIFÍCIL da vida!

E ao virar pai, as afirmações se adaptam para perguntas como:

  • Está dormindo quantas horas? Pelas olheiras dá pra ver que pouco!

Cara, sinceramente, esse tipo de coisa foge tanto do que é ser pai…

Essas não são características centrais da paternidade para mim, nem para minha esposa. Tipo, dane-se esse tipo de coisa.

Lembro de ter lido em “Psicologia Financeira” (Morgan Housel):

“O pessimismo soa mais esperto, e mais plausível, do que o otimismo”

É chato dizer:

  • “Minha filha na verdade dorme bem
  • “Ela come bem direitinho
  • “Até estamos cansados, mas está tudo bem
    • (um adendo sobre estar cansado: eu juro que a vida fora da paternidade era mais exaustiva muitas vezes, pois estava mais fora de casa em aniversários, jogos de futebol, happy hours, eventos, fora de casa, e coisas que hoje dou não).

De fato, existem fases e fases da bebê. A minha tem 9 meses e digamos que teve algumas fases e desafios diferentes que surgem.

Hoje em dia está muito apegada a gente, às vezes chora para ir no colo de outras pessoas, e está se adaptando no sono – mas em contrapartida, ela melhorou em tantos outros aspectos!

Que todos saibam que a negatividade que gira em torno da paternidade ou maternidade é história de quem quer aparecer, fofocar ou ver o copo mais vazio.

Deus nos deu uma filha. Por si só, isso é extraordinário. E dane-se o resto.

Concluo com Naval Ravikant:

“Uma pessoa feliz não é alguém que está feliz o tempo todo. É alguém que interpreta os eventos sem esforço de forma que eles não percam sua paz inata.”

Até! 🏔

Pessoas preguiçosas (Kobe Bryant)

Ouvi em um episódio do ótimo Podcast Founders uma frase de Kobe:

“Não consigo me relacionar com pessoas preguiçosas.

Não falamos a mesma língua.

Não entendo elas. Não quero entender elas.”

Uma ótima definição. Percebi que as pessoas que mais me instigam e interessam não são preguiçosas, pelo contrário, são criadoras, proativas, criativas. Estão sempre com “sede”, ou como diria Adélia Prado, “não querem a faca e o queijo; querem a fome”.

Seja uma criança de 10 anos ou um aposentado de 85, não se torne uma pessoa preguiçosa. Não se acostume com o medíocre.

Há muita vida pra viver e descobrir. 🏔

Perfeccionismo

Li e concordei:

“Perfeccionismo é procrastinação disfarçada de controle de qualidade”

Conheço muita gente procrastinadora.

Estão sempre no gerúndio, “vendo”; “fazendo”; “monitorando” e não movem ponteiro algum seja na vida ou na carreira.

Uma das desculpas é justamente o perfeccionismo – que deixa coisas impactantes pra amanhã, por “não termos as condições perfeitas para fazer agora”.

É no perfeccionismo que pessoas que amam zona de conforto se apoiam. O perfeccionismo no fim das contas não é só procrastinação, é preguiça. 🏔

Por mais que escreva, nunca atinjo um destino (Haruki Murakami)

Relendo “Do que eu falo quando eu falo de corrida” do mestre Murakami me deparei com este trecho:

“Como suspeito que seja o caso com muita gente que vive da escrita, enquanto escrevo penso em todo tipo de coisa.

Não necessariamente ponho no papel o que estou pensando; é só que, enquanto escrevo, penso sobre as coisas.

Enquanto escrevo, ordeno meus pensamentos. E reescrever e revisar conduz meus pensamentos por caminhos ainda mais profundos. Por mais que escreva, contudo, nunca chego a uma conclusão.

E por mais que eu reescreva, nunca atinjo um destino.”

E é bem por aí. Para mim escrever é como andar pra frente, como respirar, como acordar. Inevitável, interminável, eterno. 🏔

Ideias entendidas valem mais que número de livros

Li um tweet antigo do Naval Ravikant:

Isso me fez pensar sobre a galera que bota meta de número de livros lidos ao fim de um período.

Nada contra, melhor que passar dias, semanas, meses no Instagram. Mas não tenho certeza da efetividade desta ação.

Estou longe de achar que li todos os livros que me bastam para conhecer mais meu universo, o mercado, a carreira e a vida. Quero ler muito e até meu último dia de vida, se Deus permitir.

Mas existem certos livros que fazem tanto sentido, mas tanto, que não poderiam ficar na parte “baixa” da Taxonomia de Bloom (lembrar; compreender…) mas sim na parte “alta” (analisar, avaliar, criar…):

A maneira que eu resolvo isso é usando Kindle para todos os livros possíveis + destacando melhores trechos + postando neste Blog + relendo constantemente.

Para mim é a única maneira de internalizar estas ideias. Caso contrário, 1 ano depois da leitura o máximo que eu conseguiria falar seria: “Este livro é sensacional” -> por que, Lui? -> “Hm, não sei exatamente”.

Portanto concordo com Naval: ao invés de se perguntar “quais livros devo ler?”, se pergunte “quais ideias devo entender (e analisar, avaliar, criar!)”. 🏔