Costumo pensar em dinheiro da seguinte maneira, roubando a nomenclatura do universo de Venture Capital:
a) “Taxa Administrativa”
Aqui me refiro ao nosso salário fixo e eventuais entradas, como Freelas, Consultorias ou Projetos extras que complementem salário fixo, aumentando em 10%, 20%, 30% do salário.
Estava ouvindo um Podcast com a Laura Constantini, agora ex-Astella.
Ela comenta mais de uma vez que empreendedores bons vêem como algo natural o “preciso saber o que não sei”, e cita 3 ideias:
-O melhor time pra se trabalhar? O time de pessoas que possam suportar estes “não sei” juntos.
-Quem quer saber o que não sabe, entende que tudo pode ser recurso (ex: benchs, fundos, mentorias, podcasts, youtube, materiais…)
-E ela cita o aprendizado no Kaffman Fellows: “Este ‘não saber’ e ter desafios é natural. O ponto é: quem são meus mentores? E não digo gente técnica mas sim mentores de vida.”, trazendo que lá, é quase óbvio suprir desafios com mentoria.
Costumo falar que há um Lui antes da leitura de “O Lado difícil das situações difíceis” e um depois. E esta ideia da Laura vem bem de encontro: sofro menos quando sei que não sei, mas que posso agir para saber.
Participei de um painel recente via CS Academy no Sebrae com o Gustavo Molina.
Em certa resposta que dava, ele comentou desses 2 frameworks, e registro para conseguir aplicar e usar quando precisar.
1-SIGN – atingindo potencial máximo das minhas skills
S = SKILLS (HABILIDADES DE SUCESSO)
I = SKILLS QUE VOCÊ FAZ INSTITIVAMENTE
G = SKILLS QUE VOCÊ CRESCE QUANDO EXECUTA (GROWTH)
N = SKILS QUE VOCÊ TEM NECESSIDADE EM FAZER (NEED)
1-Comece respondendo a pergunta: “O que eu faço melhor do que 1 milhão de pessoas?” e inclua no S. (pode escrever várias, 10-20-30… para ter mais graça o exercício)
2-Desça para o I todas as que você faz institivamente
3-Dessas, desça para o G todas as que você cresce quando executa
4-Dessas, desça para o N as que você tem necessidade em fazer para impactar-entregar seus resultados
ps: novas skills não entram durante o exercício! só vale as que inicialmente entraram no S
Em teoria, as Skills que acabam no “N” provavelmente serão diferenciais e vão ajudar em sua carreira e nas entregas.
2-STOP – ações para rever
Esse exercício serve para entendermos: “O que eu faço que me esgota/esgota minhas energias?” e como melhor distribuir isso.
Basicamente, preencha cada letra:
S = STOP (PRECISO PARAR DE FAZER)
T = (TEAM UP) BUSCAR ALGUÉM PARA FAZER COM OU PARA VOCÊ
O = (OFFER UP) OFERECER PARA QUE ALGUÉM FAÇA
P = (PERSPECTIVE CHANGE) OLHAR POR OUTRO ÂNGULO E BUSCAR MOTIVAÇÃO PARA REALIZAR
Vejo gente empacada no início da carreira e muitos clamam: “Falta um por que!”.
Lembro-me de James Altucher: “Esqueça o propósito. Tudo bem ser feliz sem ele. A busca por um propósito único arruinou muitas vidas”.
Minha ambição veio pelo mesmo motivo de Charlie Munger: independência. Como não depender financeiramente da família, que já havia gasto muito tempo e dinheiro comigo?
Penso que isso vai mais ao encontro da Pirâmide de Maslow: pagar meu próprio aluguel, condomínio, luz, comida para sobreviver.
Foram tempos mais difíceis, apertados, mas como a vida era simples… 2014, 10 anos atrás.
E alguns meses depois ingressei em uma Startup encantado mais pela ideia de independência do que de propósito. Este veio alguns anos depois.
Se não sabe seu “por que”, busque independência e ache-o no caminho. Comece pelo boleto.