Tenha filhos

“Ontem, meu segundo filho segurou minha mão pela primeira vez — não aquele reflexo automático de um recém-nascido, mas uma escolha deliberada. Aquele sentimento de amor incondicional voltou novamente.

Você acha que entende o amor antes de ter filhos. Você não entende.

Todo outro relacionamento vem com condições implícitas. Parceiros escolhem um ao outro todos os dias. Seus pais te amam profundamente, mas isso vem com um histórico. Com seu filho? É diferente. É um amor tão fundamental que se torna parte do seu sistema operacional.

Nikunj Kothari

As surpresas se acumulam. Ver seu parceiro se tornar pai ou mãe revela lados dele que você nunca soube que existiam. Você se apaixona de um jeito diferente, mais profundo. Cada despertar às 3h da manhã, cada pequeno sacrifício, se torna uma janela para sua própria infância. De repente, você entende seus pais de uma forma que nenhuma conversa poderia explicar. Aquela casa cheia de amor na qual você cresceu? Foi construída exatamente nesses momentos, por meio dessas escolhas exatas.

Antes de ter filhos, eu era obcecado por proteger meu tempo. Horas em startups, metas ambiciosas, crescimento na carreira — como uma criança poderia se encaixar nessa equação?

Mas nada transforma prioridades como o amor incondicional. Quando cada minuto importa mais, você desperdiça menos. Suas ambições não diminuem — elas encontram seu fundamento.

Estou mais ambicioso agora, não menos.

Ter filhos não limita seus sonhos — seus filhos te forçam a crescer. Eles te impulsionam a escalar profissionalmente porque merecem o seu melhor, e pessoalmente porque estão observando tudo o que você faz.

A maioria das pessoas acha que ter filhos significa escolher entre ambição e família.

Mas o maior paradoxo?

Nada alimenta a ambição como o amor incondicional.”

Como não indicar pessoas para vagas

Pense na seguinte situação:

Uma nova vaga surgiu em sua empresa, ou empresa de algum amigo.

Você, no susto, já pensa: “Vou indicar aquela pessoa!”.

Pense bem nisto. Será que vale a pena indicar mesmo? Preste atenção nesses 2 cenários:

1-“Minha amiga está procurando, ela é muito gente boa”

  • Antes, confira se a vaga possui requisitos, por ex., ter experiência de 3 anos na job
  • Se tiver fit com a Descrição da Job, legal! Senão, provavelmente não faça sentido indicar.

2-“Um funcionário saiu (ou foi demitido) da minha empresa, vou ajudar ele”

  • Essa pessoa realmente é boa o suficiente para trabalhar nessa empresa? Você contrataria, se tivesse em outra empresa, por ex.? Ou essa indicação envolve alguma sensação de reparação pela saída da pessoa?
  • Mesma coisa: se tiver fit com a Descrição da Job, legal! Senão, não.

Em casos mais raros, sem Job Description ou clareza da job, talvez em uma Startup em Product-Market Fit por exemplo, “ser gente boa” pode ser o suficiente. Em vagas mais maduras, dificilmente.

Créditos a Taís Graff, coordenadora de CSM da Convenia que inspirou este artigo.

O que o falecido diria? (Ashton Kutcher)

Ouvi um ótimo Podcast do Reid Hoffmann com Ashton Kutcher, link aqui.

Para quem não sabe além de ator, ele é um grande Venture Capitalist e investiu em empresas como Airbnb, Uber, Foursquare, Robin Hood e outras.

Sobre Inteligência Artificial, Ashton relatou:

“Tive um amigo que era rabino. Ele faleceu 8 anos atrás.

Juntei todos os vídeos e livros dele e integrei essa base de dados com o GPT.

Se estou pensando na Torá, consigo ir até o GPT e fazer boas perguntas para trazer a perspectiva que meu amigo provavelmente teria, sobre o assunto.”

Isso soa mórbido demais para você, leitor, ou até algo “sobrenatural” (praticamente, falar com um morto)? Ou é algo completamente comum do nosso universo de AI que precisamos normalizar?

Fica a reflexão!

Não se canse do seu conteúdo

Li um bom mini-post do Seth Godin chamado “Boring to who?” (“Chato pra quem?”).

Penso que serve para todo Creator, empreendedor, pessoa que gera conteúdo e às vezes se cansa de falar a mesma coisa, ou bater na mesma tecla, ou simplesmente educar pessoas num geral.

Segue o post em tradução livre:

“Às vezes, profissionais de marketing, músicos ou palestrantes acabam se perdendo em um buraco egoísta.

Eles já ouviram seu próprio material antes. Acham que todo mundo também já ouviu.

Então, acabam escondendo a mensagem principal, buscando novas risadas e, acima de tudo, tentando evitar o próprio tédio.

Isso muitas vezes leva a confusão, polêmica ou, principalmente, a uma mensagem confusa.

Você não gera conteúdo para se auto-entreter. Está aqui para ensinar o próximo grupo de pessoas que precisa ouvir o que você tem a dizer.

Empatia na comunicação exige que você repita o que funciona enquanto explora a próxima camada do que pode funcionar ainda melhor.

Como dizia meu falecido amigo Jay Levinson:

“Não mude sua história quando você estiver entediado, ou quando seu cliente estiver entediado, ou quando seu time estiver entediado. Mude sua história quando o seu espectador estiver entediado.”


  • No meu caso, em Customer Success, vejo que estou falando a mesma coisa há anos e anos -> e mesmo assim soa como novidade e gera valor para muitas pessoas ao longo do caminho. Preciso pensar nisso para não desanimar ou me aposentar como creator por encher o saco.
  • Acho que a vibe é: preciso ter um mindset “Paul Mccartney” que canta “Let it Be” há 55 anos, com a mesma energia. É por aí.

Ótimo insight, valeu Seth.

A finalidade de uma reunião

Li no Twitter:

“A maioria das reuniões não tem outra finalidade senão diluir responsabilidades,

adicionando artificialmente consenso ao que deveria ser uma decisão individual.”

Achei relevante para refletir: uma reunião muitas vezes é “jogar pro alto” um problema ou decisão ao invés de matar no peito e assumir – ou pior dos casos chegar mais decidido para a reunião.

Afinal, um líder é pago para tomar melhores decisões de formas mais rápidas.

Até!