Relendo “Do que eu falo quando eu falo de corrida” do mestre Murakami me deparei com este trecho:
“Como suspeito que seja o caso com muita gente que vive da escrita, enquanto escrevo penso em todo tipo de coisa.
Não necessariamente ponho no papel o que estou pensando; é só que, enquanto escrevo, penso sobre as coisas.
Enquanto escrevo, ordeno meus pensamentos. E reescrever e revisar conduz meus pensamentos por caminhos ainda mais profundos. Por mais que escreva, contudo, nunca chego a uma conclusão.
E por mais que eu reescreva, nunca atinjo um destino.”
E é bem por aí. Para mim escrever é como andar pra frente, como respirar, como acordar. Inevitável, interminável, eterno. 🏔