Brian Chesky e a liderança proposital

Já tinha acompanhado outros conteúdos do CEO do Airbnb sobre como mudou seu estilo de liderança, como deixou as coisas menos soltas e afins.

Recentemente descobri o Bloomberg Originals da sempre ótima Emily Chang, e vi uma entrevista com Chesky.

  • Basicamente na pandemia (que despertou medo no business do Airbnb por motivos óbvios) um advisor falou: “Esse é o seu momento decisivo sobre ser CEO” – aquela velha e boa história de wartime
  • E complementa:

  • “Aprendi a me desculpar menos por ‘como eu conduzo a empresa’
  • Nós contratamos gente de Google, Apple, Microsoft, Amazon e eles trazem sua própria maneira de trabalhar.
  • “Percebi que eu sempre estava tentando fazer um meio campo entre ‘como eu conduzo a empresa; como eles queriam que a empresa fosse conduzida’
  • “E o resultado disso foi mediano
  • “Então entrei em ‘wartime’ e descobri que enquanto eu puxava mais as coisas; comandava; ia de forma mais determinada e mais ‘chefe’ a surpresa foi:
  • “As pessoas ficaram felizes! Porque elas tinham diretrizes claras.”

Preciso me concentrar

Vi uma interação curiosa aqui no coworking esses dias.

Um líder sentado, com fone de ouvido, mega concentrado. Pareceu ter “fugido um pouco” do barulho do time que estava em outra sala.

Uma moça se aproxima pra tratar um assunto e comer uma fruta e perguntou: “Se eu sentar aqui atrapalho?”. 

E ele: “Sim, atrapalha, tenho que concentrar pra acabar a demanda” – mas de forma educada, claro.

Achei interessante. Quantas vezes temos vergonha de pedir um tempinho de concentração pra tocar ficha nas coisas, pegar um bloco de tempo para avançar em algo. 

Lembrei de uma figura que vi em um post do Lenny que trata sobre isso:

Produtividade é ter a coragem e cabeça para dizer como este líder: “Não!”. Fica a lição.

Matthew McConaughey e o valor das pequenas coisas

Ouvi uma entrevista do ator Matthew McConaughey no Daily Stoic. Sou fã do cara, a partir do seu livro “Greenlights” e fiquei mais ainda.

No começo do episódio (~5min), ele narra:

“Tenho meu escritório bem perto do trabalho, propositalmente.

Gosto do som das minhas crianças rindo, o som da rotina lá de casa, a vida acontecendo.

Estar por perto para captar um olhar, um sorriso, caminhar pra lá ou pra cá, dar um beijo na cabeça, ouvir um “Ei, estou cozinhando tal coisa para almoço, quer também? Claro que sim!”.

E o host complementou uma frase: “As vezes tenho dificuldade de dizer ‘te amo’, então apenas digo: estou feliz por estarmos todos juntos”.

São benefícios do home office, que hoje dou mais valor ainda por ver minha filha recém nascida acordar, estar próximo dela, eventualmente ajudar e mais a noite ver ela dormir. Nisso está o verdadeiro tesouro da vida. E claro, tudo isso sem deixar de entregar o que minha empresa pede para mim – e desejando entregar mais por ter essa possibilidade.

Leia também: “A Relação entre felicidade e home office”.

Até!

Preciso saber o que não sei

Estava ouvindo um Podcast com a Laura Constantini, agora ex-Astella.

Ela comenta mais de uma vez que empreendedores bons vêem como algo natural o “preciso saber o que não sei”, e cita 3 ideias:

-O melhor time pra se trabalhar? O time de pessoas que possam suportar estes “não sei” juntos.

-Quem quer saber o que não sabe, entende que tudo pode ser recurso (ex: benchs, fundos, mentorias, podcasts, youtube, materiais…)

-E ela cita o aprendizado no Kaffman Fellows: “Este ‘não saber’ e ter desafios é natural. O ponto é: quem são meus mentores? E não digo gente técnica mas sim mentores de vida.”, trazendo que lá, é quase óbvio suprir desafios com mentoria.

Costumo falar que há um Lui antes da leitura de “O Lado difícil das situações difíceis” e um depois. E esta ideia da Laura vem bem de encontro: sofro menos quando sei que não sei, mas que posso agir para saber.

Até!