Na hora da crise, os Software “must to have” permanecem

Essa é uma reflexão do grande Tomasz Tunguz em seu último artigo.

Na recessão que estamos vivendo em tecnologia, muitas empresas estão cortando custos.

Alguns Softwares são percebidos como “nice to have” (ok de ter – legal) e não “must to have” (temos que ter – essencial). E é aqui que mora o perigo.

Gosto muito dessa ideia das diferentes propostas de valor em SaaS: https://lui-blog.com/startups/propostas-de-valor-em-saas/

Tendemos a pensar que vendedores que vendem software “must to have” devem respirar tranquilos. O software faz mais com menos ou automatiza o trabalho manual, fornece alavancagem e o custo total geralmente é menor que um número de funcionários.

Mas não é bem assim.

Se você fosse pedir para cada cliente, numa ordem de prioridade, classificar os softwares contratados em ordem de importância, aonde seu software se encontraria?

Então a conclusão é: restringir o foco de Marketing e Vendas para o ICP (Ideal Customer Profile) pode fazer sentido. O velho e bom Pareto: continuar vendendo para clientes que tem na nossa solução um “must to have”.

E se preciso ter algum KPI voltado a isso: X% das Vendas deste período precisa ser feita com ICP provado, com os objetivos claros de aumentar eficiência e diminuir risco de churn.

E Tunguz finaliza: “Fazer mais com menos significa encontrar clientes que se beneficiam desproporcionalmente do seu software.”

5 estratégias para ter uma ideia de startup B2C

Ideia original de Lenny Rachitsky no Twitter

De 50 Startups B2C (consumo) analisadas:

  • Apenas 1 teve sua ideia conversando com clientes previamente (DoorDash)
  • 30% das ideias vieram de founders tentando resolver seus próprios problemas
  • Menos de 1/3 dos fundadores estavam idealizando ativamente ideias de startups
  • Apenas 20% das ideias vieram de pivotagem (mudanças no plano original)
  • Pouco mais de 50% das ideias inicialmente pareciam triviais (ou seja, uma brincadeira) no início.
  • Os founders eram muito jovens – 50% tinha menos de 30 anos, 80% tinham <35
  • 2/3 tinham um cofundador Engenheiro
  • Apenas ~10% tinham um cofundador com MBA
  • Menos de 1/3 dos fundadores tinha uma habilidade específica (por exemplo, bio, research, VR) que lhes permitia construir seu produto
  • Apenas cerca de 1/3 já havia iniciado uma empresa

O infográfico deixa claro quais são as Startups em questão:

E, finalmente, as 5 estratégias para ter uma ideia de startup B2C:

1. Preste atenção nos seus próprios problemas (~30%)

2. Preste atenção na sua curiosidade (~20%)

3. Preste atenção no que já está funcionando

4. Preste atenção às mudanças de paradigma (~ 15%)

5. Faça um brainstorming com os amigos (~ 15%)

Eu Lui sei que a fase de ideação é muito mais livre comparado a fases posteriores, como Product Market Fit, mas me chamou a atenção que intuição, curiosidade, pessoas próximas podem sim ser uma mola propulsora pra tirar uma Startup do zero.

Obrigado Lenny pelos insights, ate a próxima!

6 motivos para uma empresa comprar outra (M&A)

Retirado da excelente Newsletter do “The News” chamada “The Bizness”.

Existem 6 motivos para uma empresa comprar outra, a parte “Aquisição” do termo M&A (Merges and Acquisitions):

1-Controle de mercado: Adquirir concorrentes antes que sejam uma ameaça

2-Oportunidades de cross-sell: Vender mais produtos ou serviços para os mesmos clientes

3-Acelerar crescimento: Aumentar a receita e o tamanho do negócio de forma mais rápida

4-Talentos: Adquirir e reter profissionais qualificados que já estejam treinados, sem precisar contratar do zero

5-Sinergia de custos: Aproveitar a estrutura do outro negócio para unificar áreas e cortar custos ou despesas, ou até compartilhar infraestrutura

6-Dados: Compartilhar os dados permite fazer análises valiosas com o uso de Inteligência Artificial e Big Data

Legal, não? Isso me trouxe clareza quanto ao tema de Aquisições.

Até a próxima!

O único ponto essencial de uma Startup é o Crescimento

Da ótima newsletter do Lucas Abreu, tirei esse ensinamento de Paul Graham:

“Uma startup é uma empresa projetada para crescer rapidamente.

Ser recém-fundada não faz de uma empresa uma startup.

Nem é necessário que uma startup trabalhe em tecnologia, ou aceite Venture Capital, ou tenha algum tipo de “saída”.

O único ponto essencial é o crescimento. Todo o resto que associamos a startups decorre do crescimento.”

Post completo, de 2012: www.paulgraham.com/growth

Até!

Demitir 10% dos funcionários de uma Startup é um layoff?

Li esse insight no ótimo e sempre relevante blog do Tomasz Tunguz e trago a resposta aqui, em tradução livre.

Em resumo, demitir 10% dos funcionários não é um layoff pois isto é uma média recomendada por ano.

A surpresa é que sejam 10% demitidos em uma s´o tacada, isto que chama atenção do mercado. Nos conta Tunguz:

“Muitas empresas estabelecidas forçam isso a partir de uma disciplina de RH que recomenda uma redução anual de 10% em seus funcionários.

Jack Welch, ex-CEO da GE, apelidou-o de Vitality System ou Vitality Curve . Ele supôs que:

  • 20% dos funcionários eram os mais produtivos
  • 70% formavam a base
  • 10% não agregavam ao negócio e deveriam ser liberados. 

Existem custos claros para o Vitality System, mas não vou discuti-los aqui.

Quando leio na imprensa sobre uma redução de 10% no quadro de funcionários, não considero isso um indicador da saúde de uma startup. Em vez disso, é uma aceleração de uma prática de RH no final do ano para maximizar o caixa. 

As demissões que são materialmente maiores do que os benchmarks médios de atrito são uma questão diferente.”