Quando se trata de Edson Rigonatti, não são necessárias apresentações, ao menos para nosso ecossistema de tecnologia e startups.
O sócio da Astella Investimentos e investidor conversou com meu amigo Gabriel Costa (Mineiro) e com a Tahiana D’egmont no excelente Podcast “Deep Growth”.
Conversando com o Mineiro, o mesmo me disse que as indicações de livros e afins não estavam registradas. Portanto aproveitei para registrá-las e adicionar outros insights importantes que seguem abaixo:
- Indicação de livro sobre Storytelling, já que um empreendedor de sucesso precisa saber contar histórias: Story – Robert Mckee
- “A diferença entre uma história boa e uma ruim é que você acredita na boa” (Rigonatti)
- Sobre modelos mentais, a Astella juntou 8 autores e modelos mentais para basear seu pensamento de crescimento das empresas. O texto completo está aqui, mas seguem autores e livros indicados:
- Steve Blank: The Four Steps to the Epiphany;
- Paul Graham: Essays e Startup School;
- Geoffrey Moore: Crossing the Chasm e Inside the Tornado;
- Noam Wasserman: The Founder’s Dilemmas;
- Eric Flamholtz: Growing Pains;
- Reid Hoffman: Blitzcaling;
- Peter Thiel: Zero to One;
- Ben Horowitz: The Hard Things About Hard Things.
- O triple-triple-double-double-double começa como uma escalada ao Everest:
- De 1.000 empreendedores com Investimento Anjo,
- 100 chegam no Seed
- 25 na Série A
- 12 na Série B
- 1 vira Unicórnio
- Empreendedores não chegam lá por 4 fatores:
- 25% por FALTA DE TALENTO: Pouca experiência; experiência errada; falta de gente boa no time; problemas societários. Isso é mais palpável, e dá pra perceber olhando o Linkedin e vendo as “10.000 horas” da pessoa, conversando com o time, etc.
- 25% por QUESTÕES DE MERCADO E PRODUTO: Não tem como prever; timing; ex: Patinetes motorizados
- 25% por POUCO DINHEIRO OU MUITO DINHEIRO: Muitas pessoas acham que muito $ não é problema mas “muita água também mata a plantinha”
- 25% por MATURAÇÃO DO MODELO SOCIOLÓGICO: “O pai de família não vira cacique; o cacique não vira prefeito, etc.”; problemas de sócios e afins.
- O que Astella procura ver nos empreendores, então? Alguns pontos:
- Experiência (em todos os Podcasts que ouvi com o Rigonatti, o mesmo cita as 10.000 horas, ideia de Malcom Gladwell, no livro Outliers)
- Se conseguiu montar um bom time
- Se teve o cuidado e conhecimento de cuidar do CapTable
- Se sabe contar a história de Produto
- Se sabe conseguir dinheiro (de outros investidores lá na frente)
- Se vai amadurecer, melhorar, evoluir, etc. (e tem desejo disso)
- Sobre Marketing e Growth, o crescimento da empresa precisa ser orgânico. A Astella só investe em máquinas de crescimento proprietária: não dependendo de Google, Instagram, Televisão, etc. e sim a própria empresa fazer algo para gerar demanda.
- “O B2C é mais difícil de maquinar que B2B pois é mais difuso; mas é muito mais escalável! Consumo é muito mais significativo que empresa, no ponto de vista do investidor. Mas o quesito “saber quantos vendedores tenho; produtividade média do vendedor; etc”, é mais difícil no consumo” (Rigonatti)
- “O pessoal de B2C (consumo) precisa ter a mesma disciplina do pessoal de SaaS. Mas cada vez mais vemos as práticas de SaaS aplicadas em B2C, até porque logo logo tudo vai ser subscription ou ter algum modelo paralelo em subscription.” (Rigonatti)
- No Podcast, Edson citou que nos Estados Unidos existe um marketing nichado, “marketing por Zip Code (CEP)”, que é realidade há mais de 5 anos. No Brasil tentamos vender nosso produto para o Brasil inteiro, e isso pode trazer consequências negativas de crescimento
- “Na década passada, em Enterprise, vivemos a “consumerização do Enterprise”: tínhamos que desenvolver sistemas para empresas, tão legais como o Facebook, Twitter, Snapchat. Após 10 anos de SaaS, o que acontece é que agora queremos “SaaS” também na nossa vida (B2C)”. (Rigonatti)
- “Nunca tinha lido a Bíblia, e 2021 vai ser o ano que vou ler pela primeira vez. Por exemplo, a história do Êxodo que é parecida com a história de um empreendedor – convencer um monte de gente de largar o ‘bem bom do Egito’, e ir pro deserto achar uma terra prometida que não existe e não chega! É incrivelmente parecido o desafio de Moisés e de empreendedores.” (Rigonatti)
Até a próxima!