A velocidade da decisão importa

Costumo pensar que pessoas são bem pagas para tomarem melhores e mais impactantes decisões.

O Messi é o que é pois em fração de segundos consegue tomar decisões boas e, de forma objetiva, fazer ou contribuir para gols que levam a conquista de títulos e muito dinheiro. E consegue unir qualidade e velocidade desde pequeno.

Ele é pago para tomar boas decisões. O como? Sua habilidade, esforço e vontade.

Em Startups ou Scale-ups vejo muitas pessoas que não gostam do famoso “faça rápido e quebre coisas”. Tudo bem, mas o que defendo é:

De nada adianta uma decisão ter qualidade, se não teve velocidade.

Jeff Bezos em uma carta de 2016 escreveu:

Você se contentou apenas com a qualidade da decisão ou também está atento à velocidade da decisão?

Ex: posso ser um Head de CS muito bom que decido implantar um novo Health Score. Se creio que essa decisão tem impacto positivo sobre os clientes e retenção, priorizá-la faz sentido – não posso levar 1 ano para implantá-la.

Atirar pra todo lado não faz sentido, mas unir qualidade e velocidade em um mundo com mudanças tão rápidas é premissa essencial para todos nós.

Criatividade economiza dinheiro (Mr. Beast)

Estava lendo o memo que o Mr. Beast escreveu para todos os novos funcionários.

Me deu vários insights, inclusive de escrever o mesmo para meu time de CS.

Uma das partes era: “Creativity Saves Money”, e achei bem relevante para o atual momento de eficiência que vivemos nas empresas tech e em operações de Customer Success.

Traduzi e trago aqui na íntegra:

Criatividade economiza dinheiro

Não acho que seja uma surpresa quando digo que não temos dinheiro ilimitado aqui.

Não podemos ter todos os vídeos constantemente ultrapassando o orçamento porque o dinheiro tem que vir de algum lugar, mas você está em uma situação difícil porque eu sempre quero vídeos melhores e melhores.

Muitas pessoas que trabalham aqui definitivamente já pensaram: “Se o Jimmy quer que fiquemos dentro do orçamento, por que ele continua nos pedindo para fazer tantas coisas caras?” ou “Eu sei que o Jimmy não vai gostar disso, então preciso gastar mais dinheiro”.

As pessoas sempre assumem que o dinheiro é a resposta, e que se simplesmente gastarmos mais dinheiro podemos dar ao Jimmy o que ele quer. O que é errado, a criatividade é a resposta.

Aqui está um exemplo que eu uso o tempo todo com nossa equipe de jogos: Eles adoram distribuir prêmios em todos os vídeos. Mas o que parece mais legal para você como prêmio para um vídeo de jogos?

a) $20.000

b) ou um ano de fornecimento de Doritos?

Para mim, um ano de Doritos é muito mais engraçado e acho que nosso público acharia isso hilário.

Então, digamos que definimos um ano de fornecimento de Doritos como 5 pacotes por dia durante 365 dias. Isso daria 1.825 pacotes de Doritos, e uma rápida pesquisa no Google mostra que você pode comprar um pacote de Doritos por 1 dólar.

Nosso prêmio para o vídeo acabou de cair de $20.000 para $1.825 porque não jogamos dinheiro no problema e usamos a criatividade. Isso se aplica a tudo que cada um de vocês faz. Seja encontrar um guindaste para um vídeo, decidir prêmios, escolher locações, encontrar componentes críticos ou fazer a menor das tarefas, use a criatividade para economizar dinheiro.

Porque cada dólar que economizamos me permite dar mais estabilidade a vocês e contratar mais pessoas para facilitar a sua vida. Se você quiser ter sucesso aqui, diga isso 10 vezes na sua cabeça: “Criatividade Economiza Dinheiro”.

AI gerando perda de capacidades (Tim Ferriss)

Estava ouvindo um Podcast de Q&A com Tim Ferriss e ele comentou:

Assim como muita gente já não se localiza mais sem Google Maps,

com AI muitas pessoas vão perder capacidades que possuem por super uso de AI.

Mesmo podendo usar AI, vou continuar escrevendo e exercitando minha escrita humana cada vez mais.

Achei interessante e vem bem de encontro com Sistemas > metas de Scott Adams que gosto tanto.

Brian Chesky e a liderança proposital

Já tinha acompanhado outros conteúdos do CEO do Airbnb sobre como mudou seu estilo de liderança, como deixou as coisas menos soltas e afins.

Recentemente descobri o Bloomberg Originals da sempre ótima Emily Chang, e vi uma entrevista com Chesky.

  • Basicamente na pandemia (que despertou medo no business do Airbnb por motivos óbvios) um advisor falou: “Esse é o seu momento decisivo sobre ser CEO” – aquela velha e boa história de wartime
  • E complementa:

  • “Aprendi a me desculpar menos por ‘como eu conduzo a empresa’
  • Nós contratamos gente de Google, Apple, Microsoft, Amazon e eles trazem sua própria maneira de trabalhar.
  • “Percebi que eu sempre estava tentando fazer um meio campo entre ‘como eu conduzo a empresa; como eles queriam que a empresa fosse conduzida’
  • “E o resultado disso foi mediano
  • “Então entrei em ‘wartime’ e descobri que enquanto eu puxava mais as coisas; comandava; ia de forma mais determinada e mais ‘chefe’ a surpresa foi:
  • “As pessoas ficaram felizes! Porque elas tinham diretrizes claras.”

Preciso me concentrar

Vi uma interação curiosa aqui no coworking esses dias.

Um líder sentado, com fone de ouvido, mega concentrado. Pareceu ter “fugido um pouco” do barulho do time que estava em outra sala.

Uma moça se aproxima pra tratar um assunto e comer uma fruta e perguntou: “Se eu sentar aqui atrapalho?”. 

E ele: “Sim, atrapalha, tenho que concentrar pra acabar a demanda” – mas de forma educada, claro.

Achei interessante. Quantas vezes temos vergonha de pedir um tempinho de concentração pra tocar ficha nas coisas, pegar um bloco de tempo para avançar em algo. 

Lembrei de uma figura que vi em um post do Lenny que trata sobre isso:

Produtividade é ter a coragem e cabeça para dizer como este líder: “Não!”. Fica a lição.