Como insights de CX contribuem com estratégias de produto

“O mundo mudou!”; “Estamos na era digital”; “Os dados são o novo petróleo”.

Lemos e ouvimos esse tipo de frase nos últimos anos mas muitas vezes esquecemos de refletir o quanto isso realmente pode transformar nossos negócios. E é isso que pretendo escrever hoje, para responder a pergunta: Como insights de Customer Experience (CX) contribuem com estratégias de produto.

Introdução: a era do consumidor

Cantava Chico Buarque: “A gente quer ter voz ativa; no nosso destino mandar”. Dito e feito.

Certamente é muito melhor ser cliente, usuário, consumidor hoje em dia do que há alguns anos atrás. Clamar, reclamar, se expressar sobre um produto ou um serviço era algo muito difícil, para não dizer impossível. E nem preciso falar que o bom atendimento e a experiência do cliente era facilmente ignorada, afinal, qualquer tipo de feedback normalmente não gerava tanta amplitude assim.

Além disso, dados, sempre eles. A velha escola de experiência do cliente não possuía muito dado para analisar. Pense numa antiga sapataria de varejo. Como prever que o cliente vai vir? Ou entender de onde veio e por que veio? Como garantir que tenha recorrência? 

Hoje a distância entre marcas e consumidores está muito menor.

Como consumidores, temos inúmeros benefícios:

  • Conveniência e Facilidade: realizar compras em questão de segundos sem precisar sair de casa
  • Opções: comparar marcas em um buscas aprofundadas e análise do que outros consumidores estão falando
  • Voz ativa: dar nota, estrela, deixar review, reclamar ou elogiar baseados no que foi entregue (objetivo) e como foi entregue (experiência)

Para termos noção do poder disso tudo: um relatório da PwC que entrevistou 15.000 consumidores descobriu que 1 em cada 3 clientes deixará uma marca que ama após apenas 1 experiência ruim, enquanto 92% abandonariam completamente uma empresa após 2 ou 3 interações negativas.

Em um certo momento, as marcas tiveram que adaptar a maneira com que iriam lidar com esses consumidores. Então surgiram metodologias inovadoras (e inevitáveis) quando bem aplicadas, como:

  • Customer Success (CS): gerenciamento do sucesso dos clientes (muito usado no B2B)
  • Customer Experience (CX): gerenciamento das interações com os clientes ao longo da jornada (muito usado no B2C, mas também parte importante de B2B evoluído)

Observem a importância disso: seu time de CS; CX; Suporte; SAC; Pós-Venda; Atendimento ou seja lá o nome, passa a ser um gerador de receitas no longo prazo ao invés de um centro de custo. Afinal, uma boa experiência gera recorrência.

Dados, geração de insights e Birdie.ai

“Nosso time de CX gera dados”. Ok, já é um começo.

Mas lembre-se que dados não acionáveis são só um punhado de informações e números e mais confundem do que auxiliam no crescimento e na diferenciação de uma empresa que quer ter sucesso.

Pelo contrário, dados acionáveis, ou seja, confiáveis, organizados podem gerar insights que vão ser o grande diferencial de sua empresa.

Mas… o que é um insight?

DEFINIÇÃO DE INSIGHT ATUALIZADA

E é por isso que a Birdie existe.

Somos uma Startup fundada em 2018 e nossa missão é estruturar dados e fornecer as lentes necessárias para torná-los acionáveis, motivando que clientes gerem insights úteis e decisivos para seus Produtos (???).

Como gerar insights via Customer Experience

Agora que sabemos que Insights são xxx, vamos mostrar como a Birdie auxilia grandes marcas a gerarem insights via CX.

Mostrar telas da Birdie, INTRODUÇÃO A BIRDIE.

Insights de Customer Experience e a aplicação em Produto

Mas o que tudo isso tem a ver com Produto? Qual a relação entre CX e Produto? E como uma empresa pode se beneficiar disso em favor dos clientes?

Mostrar CASES, E 5 EXEMPLOS DE COMO INSIGHTS DE CX PODEM SER APLICADOS EM PRODUTO

Os 4 fatores de crescimento + 2 limitantes de Startups

Novamente, citando a ótima newsletter sobre Startups e Venture Capital do Lucas Abreu. Vou trazer aqui pontos específicos, mas vale muito assinar a News e ler o artigo completo.

O post se refere a Blitzscalling, Startups que tem amplo crescimento em uma velocidade incrível.

Leia mais: “Blitzscalling” por Reid Hoffmann e Chris Yeh

Os 4 fatores de crescimento de Startups

#1 Tamanho de Mercado

-Quando o Tamanho de Mercado é pequeno ou de nicho, dificilmente justificará interesse de Fundos

-É preciso entender o TAM (Total Adressable Market) e como será o crescimento em 3-5 anos

#2 Efeitos de Rede ou Landsgrab

Efeito de Rede: valor do produto aumenta a medida que mais Users são adicionados (ex: Craiglist)

Landgrab: crescimento em mercado de oceano azul (ex: Slack)

#3 Distribuição

Alavancando redes existentes: vendas através de canais com volume (ex: Airbnb começou a vender via Craiglist)

Viralidade: usuários atraem mais usuários (ex: Robinhood, em que a principal fonte de aquisição é indicação)

#4 Margens Brutas

-Lucro bruto = Receita líquida – Custo do produto

-Margens brutas = Valuation maior = Atração de Fundos (mercado deseja margens brutas >60%)

-Ex. de Blitzscalling sem Margem bruta alt: WeWork (15-20%). Errou ao fazer Blitzscalling não tendo Margens brutas altas

Os 2 fatores limitantes de crescimento de Startups

#1 Falta de Product Market Fit

Leia mais: Product Market Fit: 4 sinais de que não está dando certo

-PMFit = Produto atender a necessidade dos usuários

-Ex: Groupon, tinha Mercado; Efeito de rede; Margens brutas altas; Distribuição viral; mas não tinha PMFit (experiência ruim pra vendedores-compradores) o que deteriorou o valuation

#2 Escalabilidade operacional

-Não adianta crescer sem saber lidar com crescimento

Limitações humanas: quando o modelo exige contratação de um “exército” de pessoas

Limitações de infraestrutura: quando não existe infra pra lidar com demanda do uso de clientes

-Ex: Twitter, de 2009 a 2012 “caía” muitas vezes. Reestruturou a rede para virar o jogo.

Exemplos finais de empresas que aplicaram Blitzscalling, ou seja, mercados grandes, com características winners take most, altas margens brutas, distribuição viral, com product market fit e sem limitação de escalabilidade operacional:

Slack, Uber, IFood, Rappi, Airbnb, Amazon, Linkedin, Faceboook.

Para mais artigos como esse, novamente: newsletter sobre Startups e Venture Capital do Lucas Abreu.

Espero que tenha sido útil pra você como foi pra mim! Até.

Sobre ficar alheio as coisas (2)

Tempos atrás escrevi “Sobre ficar alheio as coisas”.

No post, defendi sobre: “[…] não ser uma pessoa culpada por estar alheia a alguns elementos, mesmo que são/foram importantes pra você.”

Li uma excelente carta atribuída a Donald Knuth, escrito nos anos 2000 e aqui retomo o assunto.

O autor, professor de Ciência de Dados em Stanford, basicamente escreveu sobre o orgulho que tinha por não ter um endereço de e-mail desde 1990, e como estar alheio a isto o permite trabalhar. Um trecho interessante:

“E-mail é uma coisa maravilhosa para pessoas que querem estar super por dentro das coisas. Mas não para mim. Minha função no mundo é estar por fora das coisas”.

Adaptado a nossa época, acho que aqui entrariam as próprias redes sociais como escrevi no meu próprio post anterior. Ficar alheio é ótimo!

Segue a carta de Knuth na íntegra (em inglês):

Continuar lendo Sobre ficar alheio as coisas (2)

“Responsabilidade Extrema: Como os Navy Seals Lideram e Vencem” (Jocko Willink, Leif Babin) – Frases de Livros

Um ótimo livro sobre Liderança!

Se você pertence a gerações mais novas, que muitas vezes carecem de exemplos de liderança, exemplos de rituais, exemplos de responsabilidade diante dos liderados, esse livro vai lhe ser muito útil.

Virar a chave quando ocupamos cargos de liderança é algo crucial para quem quer ter sucesso nessa vocação – e aqui me refiro como sucesso, auxiliar os liderados a evoluírem e crescerem com seu apoio.

Disciplina é liberdade! Livro nota 10! Melhores frases:

  • Esses líderes assumiam toda a responsabilidade. Não arranjavam desculpas. Em vez de reclamar de dificuldades ou contratempos, desenvolviam soluções para os problemas. Eles alavancavam ativos, relações e recursos para concluir o trabalho. Silenciavam os próprios egos em prol da missão e de suas tropas. Esses líderes realmente lideravam.
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