Acredito que algumas pessoas possam bem viver sem propósito definido.
Parafraseio e concordo com o gestor de fundos James Altucher:
“Esqueça o propósito. Tudo bem ser feliz sem ele. A busca por um propósito único arruinou muitas vidas.”
Acho muito legal ferramentas de autoconhecimento como Ikigai e afins. Ideias assim podem revolucionar a vida de pessoas para o bem.
Mas para o mal também.
Gosto muito de uma frase de um dos meus filmes preferidos, Forrest Gump:
“Não sei se cada um de nós tem um destino, ou se estamos todos apenas flutuando acidentalmente como uma brisa, mas acho que talvez sejam os dois.”
A vida muda muito. Surpreende. Nos faz rir e chorar. Caso hoje eu defina que meu propósito é X, amanhã precisarei me adaptar diante dos percalços da vida. É mais ou menos assim. Li de Mandela: “Não importa onde você esteja na vida, há sempre mais jornada adiante”.
Concluindo, melhor que seguir um possivelmente frustrado propósito, prefiro uma definição que li na autobiografia de Andre Agassi:
“É para isso que estamos aqui. Para lutar em meio à dor e, quando possível, aliviar a dos outros. Tão simples. Tão difícil de perceber”.