Ensaio sobre desprezo

Estava lendo o Evangelho segundo São Marcos e me deparei com versos interessantes:

“E ficaram perplexos a seu respeito.

Mas Jesus disse-lhes: “Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e na sua própria casa”.

Não pôde fazer ali milagre algum. Curou apenas alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos.

Admirava-se ele da desconfiança deles. E, ensinando, percorria as aldeias circunvizinhas.”

Esse é o maior ensaio sobre desprezo que conheço. Como puderam desprezar Jesus?

Um grande profeta para o mundo, para outras pessoas, para outras pátrias – e dentro de seu próprio mundo, sua aldeia, sua família, seu círculo de amigos, desprezado.

“Como era possível que este profeta tenha evoluído tanto? Acaso não era o filho da Ciclana? Não jogava bola pela rua de pé descalço? Não estava de fraldas ontem? Como essa pessoa pode ter conquistado isso, como cresceu tanto, como entrega tanto à sociedade? Só podem estar enganados!”

Não por acaso conheço muitas pessoas que são desprezadas pelos seus, por pessoas que deveriam ser as primeiras a apoiar e aplaudir os seus feitos.

Me confortam as palavras de André Agassi, que nunca contou com aplausos do próprio pai. O pai achava que títulos e honrarias eram mais que obrigação.

Mas o mesmo Agassi, ao ser aplaudido por outros tenistas afirmou:

“Digo aos jogadores: Vocês ainda vão ouvir muitos aplausos na vida, meus camaradas, mas nenhum será mais importante para vocês do que o aplauso dos seus iguais. Espero que, no final, todos vocês ouçam esse som.”

Que o desprezo das pessoas do seu mundo não te impeçam de conquistar e querer ser mais! Até!

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