O que considerar antes de escolher uma nova oportunidade?

Essa pergunta vale ouro.

Certa vez, através de um grande amigo, consegui entender isso mais a fundo a partir de 3 pontos, que valem muito ao menos para o mercado de startups e scale-ups, e talvez seja mais focado a vagas mais senior:

1-Mapear empresas a partir da rodada de investimento que vivem

A startup passou por uma aceleração? Passou pelo seed? Se prepara pelo Series A? Fechou o Series B ou C? Está andando com recursos próprios, em bootstrap, ou vive outro momento? Isso muda tudo, literalmente.

É muito diferente hoje entrar em uma startup pré-seed, como uma startup nova recém acelerada que está provando mercado do que entrar em uma startup que passou por Series C, por exemplo.

Mas como saber em qual rodada de investimento se encontra uma startup, se foi incorporada, está em oferta pública, etc?

Simples: entre no CrunchBase e pesquise.

Exemplos:

Resultados Digitais

Neoway

Decora

2-Analisar a qualidade dos sócios e dos investidores do board

Afinal, quem são os sócios? Qual nível de conhecimento têm de mercado, em liderança, e de outros pontos que podem ser cruciais para você?

Já vi casos em que um dos investidores não conhecia nada de tecnologia, no investimento anjo, e isso travava muitas ações – eram duas línguas diferentes.

Outro casos, esses de sucesso, de investidores dos melhores e mais relevantes fundos do Brasil e de fora que contam com pessoas que já passaram por tudo e mais um pouco quando o assunto é escalar uma startup.

Isso influencia e muito o crescimento de uma startup. Liderança e board fraco: sinal amarelo.

3-Avaliar números, métricas e resultados

Vá a fundo nos números dessa startup.

O Marketing gera leads, ou como trabalham a geração de demanda? Como andam as vendas? Os clientes voltam a comprar mais ou permanecem na base?

Pular essa parte é mascarar o processo seletivo e sair do mundo dos dados realistas para o mundo do achismo.

Claro, existem casos e casos.

Se você está sendo contratado para Head de Vendas de uma startup que assumiu estar em uma fase ruim, isso já é alinhado anteriormente e sua missão é alinhada desde o começo.

De qualquer forma, cuidado com as “surpresas”. Transparência em primeiro lugar – da startup e do candidato!

Legais os 3 pontos né?

Para colaborar melhor, também envio algumas perguntas feitas por uma grande referência quando o assunto são pessoas e recursos humanos no Brasil, o Ricardo Basaglia, hoje diretor na Michael Page.

Vale a pena segui-lo no Instagram: @ricbasaglia, pois essas perguntas foram tiradas dos Stories dele.

O que você espera para sua carreira?

a) Técnico Especialista
b) Gestor

Momento de empresa para trabalhar?

a) Startup
b) Estrutura consolidada

Modelo de gestão

a) Executivo de mercado
b) Familiar

Atuação

a) Global
b) Brasil

Ambiente

a) Competição
b) Colaboração

Trabalho

a) Remoto
b) Presencial

Maior parte da remuneração deve ser

a) Fixa
b) Variável

Ambiente

a) Estável
b) Sempre desafiador

Ser o mais experiente ou o menos experiente da equipe?

a) Mais experiente
b) Menos experiente

Responsável pelo desenvolvimento do colaborador?

a) Empresa
b) O próprio colaborador

Dia a dia no trabalho?

a) Dinâmico
b) Previsível

Mesmo para quem está com mais pressa e urgência para arranjar uma nova oportunidade, pensar, avaliar, e dar um “sim” com certeza é algo que pode ser muito valioso a curto, médio e longo prazo.

Qual dica você teria para alguém que está considerando ou procurando uma nova oportunidade?

Até a próxima!

O líder e sua escuridão

Uma música que gosto muito diz:

“E quem sou eu pra te ensinar / coisas que nem sei?”

Pensando bem, isso tem tudo a ver com liderança.

Muitas vezes o líder não sabe a resposta, o caminho, a solução. E isso pode e provavelmente deve ocorrer bastante ao longo de um trimestre, um mês, uma semana…

Dizia um amigo: “Eu, como líder, duvido de mim todo dia. Inclusive estou duvidando de mim neste momento”. Coisas que livros de liderança não nos ensinam…

Comparemos o desconhecido à escuridão. Um quarto escuro mais precisamente.

Quando não existe um interruptor para ligar a luz, um bom líder deve em primeiro lugar admitir que não tem uma resposta.

A partir daí…

  • Utilizar a comunicação, a criatividade e abandonar o ego pra iluminar de alguma maneira este quarto, mesmo com um fósforo e uma vela
  • Focar em direcionar o liderado para que ele seja capaz de iluminar o quarto também, sem depender do líder
  • Pensar que toda a escuridão é motivo de aprendizado e uma carreira sem “quartos escuros” é utopia

Dizem que Thomas Edison testou 1.430 ideias antes de inventar a lâmpada elétrica.

Se ele levou esse tanto para “iluminar” a escuridão, por que nos desesperamos ao invés de tentar resolver?

Por mais líderes que tenham a humildade de dizer: “não sei, mas vamos descobrir”!

Na foto, uma singela homenagem ao professor que foi um dos responsáveis a me fazer passar em dois vestibulares, sem contar os milhares de alunos que foram “iluminados” ao longo dos anos. Professor Jerry, fique com Deus!

Concentração: a habilidade de 2019

Viajando pelo Linkedin, vi uma publicação que remetia a um livro do autor japonês Haruki Murakami.

O nome do livro é “Do que eu falo quando falo de corrida”.

Me interessei tanto que comprei via Estante Virtual, e está a caminho!

Mesmo antes de chegar, me surpreendi com uma afirmação que achei na internet:

“Concentração – a habilidade de focar todos os seus limitados talentos no que for mais crucial no momento. Sem isso não se pode realizar nada de valor.”

Eu não poderia concordar mais. Em um mundo dominado por nós, Millenials, é muito fácil começar mas não lembrar datas, cumprir com o esperado, completar, acabar, finalizar.

E o pior: grandes talentos podem ser jogados no lixo por isso, já percebeu?

  • De que adianta mandar muito bem em Inbound Marketing, se um talento não consegue finalizar as coisas no prazo?
  • De que adianta vender muito bem, se um talento não lembra de estudar o negócio dos leads e se preparar psicologicamente para uma ligação?
  • De que adianta ser um mestre de Customer Success, se a resposta para aquele cliente chave ficou perdida em uma caixa de entrada cheia de emails?

Líder: dê oportunidades para trazer talentos que tem facilidade em concentração, e por consequência organização, e o resto poderá ser ensinado, e raramente o contrário!

Liderado: pense “O que eu poderia estar fazendo melhor”, quando o assunto é concentração, para melhor aproveitar seus talentos.

Até a próxima!

Por que todo líder precisa entender o “Círculo de Segurança”

Simon Sinek, pra mim a maior referência quando o assunto é liderança, fala muito sobre o “Círculo de Segurança”.

Ele defende que a força e a resistência de uma companhia não vêm de seus produtos ou serviços, mas da maneira como seu pessoal se relaciona.

Por isso, é dever do líder pensar: “Pensando 1 a 1, todos os meus liderados se encontram no Círculo de Segurança? Ou algum se encontra fora, em perigo? Por que?”

Se maioria está fora, o que domina o ambiente é o “mimimi”, as fofocas, os achismos, e a paranóia. E esse é o primeiro passo para uma demissão (partindo do líder ou liderado).

Se maioria está dentro, o que domina é a sensação de pertencimento, colaboração, confiança e inovação.

Por onde começar? Na minha opinião, uma rodada de 1-1’s estruturados com cada um de seu time é um ótimo começo.

Um bom líder aproxima nas horas boas, aproxima nas horas ruins, aproxima nas indecisões. Um líder ruim afasta.

Confira também o post “101 perguntas para fazer em 1-1’s (one on ones)”.

Até!

2 grandes hacks de produtividade que aplico

Você está satisfeito com sua produtividade?

Acredito que gerenciamento de tarefas são que nem resoluções de ano novo: se não são organizadas e regradas, de nada adiantam.

Parando pra pensar, a grande entrega de melhorar a produtividade é aumentar a efetividade. Ter um dia efetivo é finalizar um dia e dizer: “Consegui avançar/finalizar o prioritário no dia de hoje”.

Portanto, inspirado no mestre de SAAS Tom Tunguz, e deixando de lado formas mais complexas que já utilizei, hoje faço 2 coisas:

1-Trello para registrar Projetos que precisam finalizar este mês/mês que vem/daqui a mais de 2 meses, com checklist em cada card;

2-Google Agenda como TO DO, dos Projetos prioritários, afinal, aceitar um novo Projeto ou Tarefa significa alocar tempo no calendário para realizá-la. Se não entra no calendário, logo não faz sentido para trazer efetividade.

Dessa simples forma deixei de usar as mais diversas ferramentas e teorias para me concentrar no simples.

E você, como faz para ter uma rotina produtiva e efetiva?

(link do artigo do Tom Tunguz – http://tomtunguz.com/managing-todo-by-calendar/)