Ser crítico é bom para a carreira?

Lendo uma parte do livro de Tim Ferriss que traz boas práticas de “monstros”, cheguei na parte de um de meus ídolos, Reid Hoffmann.

Founder do Linkedin, Reid sabe que tem um “jogador” de alto nível na sua equipe por um simples ponto: a capacidade crítica do liderado.

Ou seja, liderados que não aceitam sua ideia de primeira, mas a partir do quanto se aprofundam/se interessam nos detalhes conseguem sugerir alterações no plano trazendo uma nova visão.

Crítica construtiva, quando empática, sempre faz crescer.

Duvide de quem não critica!

O que considerar antes de escolher uma nova oportunidade?

Essa pergunta vale ouro.

Certa vez, através de um grande amigo, consegui entender isso mais a fundo a partir de 3 pontos, que valem muito ao menos para o mercado de startups e scale-ups, e talvez seja mais focado a vagas mais senior:

1-Mapear empresas a partir da rodada de investimento que vivem

A startup passou por uma aceleração? Passou pelo seed? Se prepara pelo Series A? Fechou o Series B ou C? Está andando com recursos próprios, em bootstrap, ou vive outro momento? Isso muda tudo, literalmente.

É muito diferente hoje entrar em uma startup pré-seed, como uma startup nova recém acelerada que está provando mercado do que entrar em uma startup que passou por Series C, por exemplo.

Mas como saber em qual rodada de investimento se encontra uma startup, se foi incorporada, está em oferta pública, etc?

Simples: entre no CrunchBase e pesquise.

Exemplos:

Resultados Digitais

Neoway

Decora

2-Analisar a qualidade dos sócios e dos investidores do board

Afinal, quem são os sócios? Qual nível de conhecimento têm de mercado, em liderança, e de outros pontos que podem ser cruciais para você?

Já vi casos em que um dos investidores não conhecia nada de tecnologia, no investimento anjo, e isso travava muitas ações – eram duas línguas diferentes.

Outro casos, esses de sucesso, de investidores dos melhores e mais relevantes fundos do Brasil e de fora que contam com pessoas que já passaram por tudo e mais um pouco quando o assunto é escalar uma startup.

Isso influencia e muito o crescimento de uma startup. Liderança e board fraco: sinal amarelo.

3-Avaliar números, métricas e resultados

Vá a fundo nos números dessa startup.

O Marketing gera leads, ou como trabalham a geração de demanda? Como andam as vendas? Os clientes voltam a comprar mais ou permanecem na base?

Pular essa parte é mascarar o processo seletivo e sair do mundo dos dados realistas para o mundo do achismo.

Claro, existem casos e casos.

Se você está sendo contratado para Head de Vendas de uma startup que assumiu estar em uma fase ruim, isso já é alinhado anteriormente e sua missão é alinhada desde o começo.

De qualquer forma, cuidado com as “surpresas”. Transparência em primeiro lugar – da startup e do candidato!

Legais os 3 pontos né?

Para colaborar melhor, também envio algumas perguntas feitas por uma grande referência quando o assunto são pessoas e recursos humanos no Brasil, o Ricardo Basaglia, hoje diretor na Michael Page.

Vale a pena segui-lo no Instagram: @ricbasaglia, pois essas perguntas foram tiradas dos Stories dele.

O que você espera para sua carreira?

a) Técnico Especialista
b) Gestor

Momento de empresa para trabalhar?

a) Startup
b) Estrutura consolidada

Modelo de gestão

a) Executivo de mercado
b) Familiar

Atuação

a) Global
b) Brasil

Ambiente

a) Competição
b) Colaboração

Trabalho

a) Remoto
b) Presencial

Maior parte da remuneração deve ser

a) Fixa
b) Variável

Ambiente

a) Estável
b) Sempre desafiador

Ser o mais experiente ou o menos experiente da equipe?

a) Mais experiente
b) Menos experiente

Responsável pelo desenvolvimento do colaborador?

a) Empresa
b) O próprio colaborador

Dia a dia no trabalho?

a) Dinâmico
b) Previsível

Mesmo para quem está com mais pressa e urgência para arranjar uma nova oportunidade, pensar, avaliar, e dar um “sim” com certeza é algo que pode ser muito valioso a curto, médio e longo prazo.

Qual dica você teria para alguém que está considerando ou procurando uma nova oportunidade?

Até a próxima!

Como definir o posicionamento tático da sua startup?

Faz tempo que sou fã do fundador e CEO da Omie Experience, Marcelo Lombardo.

O cara tem muitos anos de mercado, passou por muita coisa e conseguiu construir um produto inovador: uma plataforma completa para ERP, a Omie.

Acompanhando a palestra dele no evento Vendas B2B Summit, ele compartilhou 2 slides muito interessantes e que volta e meia entram em discussão em mesas de lideranças, C-Level e demais decisores de startups: o posicionamento tático.

Quer um exemplo de quão é difícil definir isso?

Se você está redefinindo o site de sua empresa e sentiu dificuldade para se comunicar com o mercado, por exemplo. Quão agressivo você precisa ser? Como deve lidar com a questão dos concorrentes? Como deve comunicar benefícios? Como comunicar coisas que joguem ao favor e não contra? Dentre tantos outros pontos.

Como um time de futebol, sua startup pode jogar de diversas formas, as quais o Marcelo trouxe 3 para melhor ilustrar, e as intitulou de Gorila, Chipanzé ou Mico.

Obs: Apesar dos nomes, ele lembrou que a estratégia depende de empresa pra empresa. Não há nada de errado em ser mico, ok?

Sem mais delongas, e com autorização do autor, envio aqui os 2 slides da apresentação e provoco: sua startup hoje é Gorila, Chipanzé ou Mico?

Até a próxima!

A importância da nomenclatura

Você tem o costume de nomear as coisas?

Lendo um grande livro de Amyr Klink, chamado “Mar sem fim”, destaquei uma frase:

“Não mudei o seu nome quando fui registrá-la porque creio que todo barco adquire uma certa personalidade com o nome de batismo, especialmente uma canoa.” (pg.9)

Amyr é realmente um cara inspirador! Neste livro, narra com detalhes a viagem que fez do sudoeste da África à Paraty. Recomendo a leitura de Mar sem Fim.

O fato é: assim como uma canoa, existem viradas de chave; processos; novidades; ações contínuas que precisam ser nomeadas, especialmente em startups que crescem muito rápido.

Por exemplo: certa vez, quando estava na Geekhunter, notei que os vendedores precisavam dedicar diariamente parte do dia para realização de ligações para os clientes, e me vi diante de uma escolha, entre:

Opção 1 – Chamar isso pelo nome da própria atividade, ou seja “Ligar para clientes”

Opção 2 – Criar um nome que marcasse essa atividade, dando personalidade ao fato, como disse nosso amigo Amyr Klink

Optando pelo 2, lembrei de uma frase que falava Chacrinha, “Quem não se comunica se trumbica”, e em uma divertida reunião semanal lancei o nome “Operação Chacrinha”.

Se tivesse optado pelo 1 teria tido menos resultado? Não sei dizer, mas sei que a moda da “Operação Chacrinha” pegou e conseguimos atingir os objetivos de contato.

Esse é um exemplo simples, mas compartilho outros tantos nomes que ajudei a batizar ou presenciei o nascimento com pares e liderados ao longo da carreira:

“Get Ready” – Programa de treinamentos para novatos
“Movi Start” – Idem acima
“[XXX] 2.0” – Usado para nomear projetos que visam otimizar a versão anterior do que estava sendo feito (até ir avançando 3.0, 4.0, etc.)
“5Ds do Implantador” – 5 diretrizes magnas para um Implantador realizar antes, durante e pós call
“Perseverança” – Nome de uma apresentação de meio de mês em vendas
“Velhos e Novos Onboardings” – Usado para criar um senso de antes e depois de Onboardings feitos com clientes
“TheCXFactor” – Série de Webinars, que teve os 2 primeiros episódios sem nome, e pensando em criar-se uma identidade, nasceu

Pergunto: o que, no seu dia a dia ou se tratando de novidades e mudanças poderia ser batizado?

Até a próxima!