Meus 7 melhores livros de 2022

Resolvi escrever uma simples retrospectiva dos 7 melhores livros que li no ano.

Foi difícil, mas escolhi a dedo livros que mudaram minha maneira de ver o mundo. Ao clicar no título, você cai no post com as melhores frases.

Seguem os livros, por ordem sortida:

“Não há tempo a perder” – Amyr Klink

Praticamente uma biografia a partir de uma entrevista que o autor deu. Ler Amyr Klink é viajar pelo mundo, é navegar com ele e principalmente ter a lição de humildade que “o mundo é muito maior que nossa bolha”.

Frase preferida: “Amo viajar até a Antártica porque é um continente utópico : não tem dinheiro , não tem bandeiras , não tem patriotismo . É uma situação muito especial na Terra . A Antártica pertence ao planeta , é um lugar que não é das pessoas , é do mundo . Você tem que se curvar , se ajoelhar , diante de tamanha beleza”.

“Category Creation” – Anthony Kennada

Um ótimo livro sobre criação de Categoria dentro de uma Startup! Por coincidência, é um case de Kennada, do Gainsight, plataforma de Customer Success, então foi um livro com duplo aprendizado para mim. Ótimos insights para empresas que querem se diferenciar e para startups que estão iniciando nova categoria no mercado.

Frase preferida: “Como diz Duncan: “As pessoas não estão mais comprando produtos e serviços, estão comprando com propósito. E para que eles entendam seu propósito, eles devem entender sua história.”

“A Psicologia Financeira” – Morgan Housel

Esse certamente é um dos livros que gostaria de ter lido no começo de minha vida adulta. O que me chamou a atenção também foi a simplicidade da escrita. Não é fácil traduzir tanto conhecimento de maneira tão simples. Vontade de presentear pessoas próximas com esse livro pelo resto da vida.

Frase preferida: “Uma das formas mais eficazes de aumentar suas economias não é aumentando sua renda, mas, sim , a sua humildade.”

-“A Essência da Realidade” – David Deutsch

O único da lista que comprei físico, e por isso ainda não contém as melhores frases. Um livro desafiador que visita teoria quântica, teorias da computação, evolução e o papel do ser humano entre ideias e conhecimento.

Frase preferida: “Não sentimos o tempo fluindo ou passando. O que experimentamos são diferenças entre nossas percepções presentes e nossas memórias presentes de percepções passadas. Interpretamos essas diferenças, corretamente, como evidência de que o universo muda com o tempo. Nós também os interpretamos, incorretamente, como evidência de que nossa consciência, ou o presente, ou algo, se move através do tempo.”

“Vamos comprar um poeta” – Afonso Cruz

Um livro importantíssimo para que não deixemos de lado tudo o que é bom: a beleza; a cultura; os poemas; o que transcende; enfim, o que parece ser inútil num mundo utilitarista. É um livro bem curtinho que mostra um local fictício onde todas as pessoas são data-driven (guiadas por números) e uma família que compra um poeta de estimação. Ótimas lições.

Frase preferida: “A ficção e a cultura constroem tudo o que somos. Não nascemos com pelos e dentes afiados e garras. Criamos roupas e ferramentas, que são sempre produto da ficção, da cultura. A verdade salva-nos, por motivos evidentes, mas a ficção também.”

“Hoje eu venci o câncer” – David Coimbra

Nesta autobiografia, David conta sobre como venceu a grande batalha do câncer na com todos os detalhes. Pena que o câncer voltou neste ano e a hora dele chegou, aos 60 anos recém completados. Um dos livros mais genuínos que li – iniciei no dia do seu falecimento. Valeu David!

Frase preferida: “Aprendi que não são supostas glórias ou façanhas que vão me fazer feliz, e sim a soma de dias bons. Aprendi que a cada dia você constrói o seu passado e é esse passado sólido, harmonioso e, se possível, bonito que fará com que você se sinta feliz.”

“Responsabilidade Extrema: Como os Navy Seals lideram” – (Jocko Willink, Leif Babin)

Um ótimo livro sobre Liderança! Se você pertence a gerações mais novas, que muitas vezes carecem de exemplos de liderança, exemplos de rituais, exemplos de responsabilidade diante dos liderados, esse livro vai lhe ser muito útil.

Frase preferida: “Nossa liberdade de operar e manobrar aumentou substancialmente com procedimentos disciplinados. Disciplina é liberdade.”

Elon Musk e sua impopularidade

Estava refletindo a partir de uma ótima Newsletter, de Daniel Dahia, sobre Musk.

Lacradores que nunca pisaram em uma empresa de tecnologia costumam bater em personagens que jogam contra as regras da sociedade. Já vi gente falando que Steve Jobs e liderança não poderiam estar na mesma frase, já que no filme o retrataram como um sujeito complicado.

Ora, se Jobs não fosse um líder admirável, não estaria eu escrevendo num Macbook, ouvindo meu Airpod, carregando meu iPhone e pronto para uma corrida com meu Apple Watch. O cara era empreendedor e não Madre Teresa, não confundamos.

Sobre Musk, a onda do momento é crucificar as atitudes dentro do Twitter. O que ninguém lembra é que o Twitter vai bem, obrigado, mesmo com cerca de 4.400 funcionários a menos! Talvez atrase roadmap de produto ou tenhamos um bug ou outro? Sim, mas o cara sabe o que está fazendo.

Enfim, a newsletter citada lembrou que Musk tenta:

  • acelerar a transição de combustíveis fósseis para eletricidade para retardar o aquecimento global (Tesla)
  • construir e escalar uma colônia humana em Marte (SpaceX)
  • permitir que informação seja transferida de uma mente para outra (Neuralink)
  • resolver o transporte público nas cidades (Boring Company)
  • acelerar o desenvolvimento de inteligência artificial (OpenAI)
  • entre outras coisas

E tem gente, ironicamente, protegida atrás de uma tela Twittando contra o cara.

Possivelmente Musk seja o “homem do século” quando realizarem essa pesquisa em 2099 e nós, reles mortais, lacrando muito no Twitter.

Cada vez mais me convenço que mudar o mundo traz consigo uma impopularidade inevitável.

O cliente da Geração Z busca autenticidade

“Se sua marca não trabalhar com criadores de conteúdo atuais, não atingirá as novas gerações”.

Ouvi esse insight em um Podcast sobre o Web Summit que rolou em Portugal. Em resumo:

  • Estamos diante de uma transformação comportamental: o público abaixo de 20 anos faz pouca busca no Google
  • Para pesquisar “Restaurantes em Lisboa” por exemplo, uma jovem o faz no TikTok e não no Google. Por que?
  • Pois os jovens tem uma linguagem visual. Quando o host perguntou para sua filha de 14 anos por que não usaria o Google, a mesma respondeu: “Pois é chato ler”.
  • E a menina complementou: “Quero ver conteúdo sobre o restaurante, mas não postado pelo próprio restaurante”, do tipo: quero autenticidade.
  • E normalmente essa jovem vai procurar isso na tribo que pertence, seja TikTok ou os meios que confia e não em sites da internet não-autênticos que estão lá por vender o próprio peixe

Eis o cliente do futuro, que preza por autenticidade e foge de conteúdos interesseiros.

Por que ler livros? (por Marc Andreessen)

Adorei a definição do founder do A16Z sobre ler livros, algo que muito defendo neste humilde blog.

Segue:

“Há milhares de anos de história em que muitas e muitas pessoas muito inteligentes trabalharam muito e realizaram todos os tipos de experimentos sobre como criar novos negócios, inventar novas tecnologias, novas maneiras de gerenciar etc.

Eles executaram esses experimentos durante toda a vida . Em algum momento, alguém colocou essas lições em um livro.

Por muito pouco dinheiro e poucas horas, você pode aprender com a experiência acumulada de alguém. Há muito mais a aprender com o passado do que muitas vezes percebemos.

Você pode gastar seu tempo de forma produtiva lendo experiências de grandes pessoas que vieram antes e você aprende sempre.”

“As coisas que você só vê quando desacelera” (Haemin Sunim) – Melhores Frases

Livro simples, mas que me fez refletir bastante. Vale a rápida leitura e visitação dos pontos principais para seu momento, caso você sinta uma espécie de desequilíbrio guiado por trabalho excessivo.

  • quando olhamos para o mundo exterior , estamos enxergando apenas a pequena parte dele que nos interessa . O mundo que vemos não é o Universo inteiro , mas uma parte limitada com a qual a mente se importa . No entanto , para a nossa mente , essa pequena parte do mundo é o Universo inteiro .
  • Ao olhar profundamente para mim mesmo tentando descobrir por que vivo tão ocupado , percebo que , até certo ponto , gosto de viver assim . Se eu quisesse mesmo descansar , só precisaria recusar alguns convites para dar aulas .
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