Postar não necessariamente é apoiar uma causa

Uma grande frase do ator Ashton Kutcher no livro de Tim Ferriss:

“Postar sobre isso não adianta nada. […] Muitas pessoas pensam que estão apoiando uma causa, e a única coisa que estão fazendo é postar sobre isso nas redes sociais. Fazer algo é fazer algo, todo o resto é apenas conversa.”

Postar não é viver. 

Postar é como responder a pergunta: o que eu (meu ego) quer que os outros vejam. Como quero parecer em frente aos outros. Qual “eu”, vou mostrar ao mundo. Aos amigos e nem tão amigos. Aos chefes e colegas. À família. 

Nas redes sociais posso ser um ativista. Um benfeitor. Um filósofo. Uma pessoa que aproveita a vida ou uma pessoa estudiosa. Posso ser tudo. 

Quando posto algo visto a máscara que mais me convém. 

Mas… Quando as luzes do palco se apagam, que pessoas ajudo? Que causas defendo? Como faço pra tornar a vida das pessoas um pouquinho melhor? 

E nem digo uma missão complexa como erradicar a fome na África. Mas ao menos ajudar pessoas do seu bairro, do bairro vizinho, da redondeza. Já é um comprometimento e tanto! 

Diria o autor de roteiros Steven Pressfield: “Trabalho real e satisfação real vêm do oposto do que a internet oferece”.

Pergunta final: o que faltaria pra desprender mais tempo e-ou dinheiro para causas nobres sem pensar que a moeda de troca é mostrar essa boa atitude ao mundo?

Sobre viver sem propósito definido

Acredito que algumas pessoas possam bem viver sem propósito definido.

Parafraseio e concordo com o gestor de fundos James Altucher:

“Esqueça o propósito. Tudo bem ser feliz sem ele. A busca por um propósito único arruinou muitas vidas.”

Acho muito legal ferramentas de autoconhecimento como Ikigai e afins. Ideias assim podem revolucionar a vida de pessoas para o bem.

Mas para o mal também.

Gosto muito de uma frase de um dos meus filmes preferidos, Forrest Gump:

“Não sei se cada um de nós tem um destino, ou se estamos todos apenas flutuando acidentalmente como uma brisa, mas acho que talvez sejam os dois.”

A vida muda muito. Surpreende. Nos faz rir e chorar. Caso hoje eu defina que meu propósito é X, amanhã precisarei me adaptar diante dos percalços da vida. É mais ou menos assim. Li de Mandela: “Não importa onde você esteja na vida, há sempre mais jornada adiante”.

Concluindo, melhor que seguir um possivelmente frustrado propósito, prefiro uma definição que li na autobiografia de Andre Agassi

“É para isso que estamos aqui. Para lutar em meio à dor e, quando possível, aliviar a dos outros. Tão simples. Tão difícil de perceber”. 

A armadilha de ser você mesmo

“Sou sempre assim”

“Sempre fui assim”

“Sempre serei assim”

“Minha família é assim”

“Esse é meu jeito e você que aguente”

Uma ótima frase de Adam Fisher que desarma todas as frases anteriores:

“Ignore o conceito de “ser você mesmo”. Isso é uma maneira de evitar o auto aperfeiçoamento”.

Aos 80 anos, uma pessoa que nunca mudou e sempre proferiu que é e sempre foi desse jeito, provavelmente não se reinventou. Pouco aprendeu com os erros. Pouco ouviu. 

Estar aberto a mudanças e a outras opiniões é a principal alavanca de crescimento que uma pessoa pode ter.

O Lui que está começando o ano de 2022 é uma versão nova de mim mesmo e não minha própria versão de 2008, 2009, 2010… 

Graças a Deus! 

Sobre finalizar projetos

Finalizar projetos, encerrar ciclos, dar um ponto final às coisas. 

Isso não precisa ser sinônimo de fracasso.

Muitas vezes esse ponto final é que vai começar diversas outras “frases” que contaremos no livro de nossas vidas.

Imagina o peso que teríamos ao carregar todos os projetos que iniciamos conosco, por anos e anos? 

Desde aquele churrasco anual com amigos que foram morar longe, até aquele projeto que seria nossa renda passiva ou até aquele projeto divertido que acabou tomando tempo demais.

Começar e finalizar projetos faz parte da vida.

Os finais não precisam ser fracassos.

FOMO e decisões ruins

Li uma entrevista do ator Terry Crews, famoso por “Everybody hates Chris” e “Brooklyn 99”.

Ele comentou que toda a decisão ruim que tomou na vida foi porque ele teve FOMO (Fear of Missing Out), que em português seria como o medo de não participar de algo, de perder algo, de deixar algum acontecimento escapar pelas mãos.

Isso é muito significativo. 

Muitas vezes já proferi a frase:

“Preciso ____ porque é o último dia possível para fazer isso”. E fiquei famoso pela palavra: “Preciso…”. 

Por exemplo:

“Precisamos ir neste evento porque para acontecer de novo, só ano que vem”.

Na verdade, a não ser que estejamos falando de nossa essência e das pessoas que amamos – raramente perderemos uma experiência inigualável. 

O mundo tem milhares de possibilidades tão legais quanto – cuidado com o senso de urgência criado para te convencer.