5 Princípios de vida by Gina Gotthlif

Li no Twitter da Gina Gotthlif, grande especialista de Growth que conheci através de um ótimo episódio do Podcast do meu amigo Mineiro:

“Compartilhando meus 5 princípios-chave de vida, que releio todas as manhãs. 

1. 10% da vida é o que acontece com você e 90% é como você escolhe reagir (90/10). 

2. Sempre assuma boas intenções. 

3. Procure primeiro compreender, depois ser compreendido. 

4. Pense num modelo em que todos ganham. 

5. Afie a serra todos os dias.”

Achei interessantíssimo tanto a escolha dos princípios, quanto a ideia de relê-los todas as manhãs.

Fica registrada a ideia.

Sobre dizer não ao supérfluo

Meu primo Pedro é um dos grandes ídolos que tenho na vida.

Desde criança acompanho seus passos e me inspiro em imensa maioria das escolhas que ele fez e faz.

Poucas vezes ele me aconselhou diretamente, mas quando o fez, mudou radicalmente minha vida.

Mas dos conselhos indiretos – que mais observo e aprendo, um foi uma resolução: sentar a bunda na cadeira e fazer meu trabalho na empresa que dedicou tempo para me contratar e pagar meu salário mês a mês.

O cara é uma máquina de dizer “não” a coisas que vão tirar seu foco e tempo, mesmo que envolva aplausos e os louros da fama. Desde um Webinar, uma Live, ou um projetos e reuniões da própria empresa que não vão de acordo com seu objetivo ´lá dentro.

Concluo com uma frase do ator Soman Chainani:

“Estou convencido de que o motivo pelo qual os filmes de Hollywood costumam ser tão terríveis é porque todo mundo está trabalhando em mil projetos ao mesmo tempo. Ninguém está dando a nenhum projeto seu foco total.”

Resoluções de ano novo by Matthew McConaughey

Este ano li a autobiografia do ator Matthew McConaughey, chamada “Greenlights”. 

Inclusive botei as melhores frases aqui no Blog.

Acontece que ao pensar em resoluções de ano novo, adaptei o modelo trazido por ele para uma forma mais útil de pensar no ano que vem. Para que as resoluções de ano novo não fossem muito vagas (ex: Quero ser mais feliz) e-ou irreais (ex: Quero ser halterofilista)

Esse modelo é dividido em 2 partes, que exemplifico a seguir:

1.GREENLIGHTS (sinal verde)

São coisas que você quer fazer mais ou permanecer fazendo.

Ex: Algo geral como “Tempo pra família”; “Foco na minha carreira”; “Foco na saúde” e até específico como “Ir a academia 3x por semana”; “Ler 1 livro por mês”.

Pode escrever uma chamada e exemplificar em tópicos se você achar que fica mais claro (ex: Dentro de “Foco na saúde” eu teria 2 tópicos específicos: -Academia 2x por semana; -Corrida 2x por semana). 

2.REDLIGHTS (sinal vermelho)

São coisas que você quer fazer menos ou não fazer.

Ex: “Dizer não a eventos de conhecidos”; “Dizer não a convites para Lives pois tomam muito tempo”; etc.

Sinceramente, quando escrevi minhas Redlights, todas as quatro foram baseadas em dizer mais ‘não’ para coisas. Se eu digo não, mais tempo para as Greenlights aparecem. Como diria Naval Ravikant, “é a liberdade DE…” coisas que não fazem sentido, e não liberdade PARA… algo.

Tenho a ideia de ao fim de cada trimestre (fim de março; fim de junho; fim de setembro; fim de dezembro) avaliar cada ponto das Green ou Redlights com:

a) Está dando certo

b) Pode melhorar

c) Não está dando certo

Claro que a vida muda, as surpresas da vida podem vir, mas em geral é legal para ter um norte e iniciar 2022 com o pé direito.  

E para você, quais seriam suas Greenlights e Redlights para este ano que vem?

A relação entre felicidade e home office

Se você ganhasse na mega sena, como seria uma segunda-feira normal na sua rotina?

Quais seriam as atividades que faria? Você seria uma pessoa realizada? Seria uma pessoa feliz?

Enquanto estou escrevendo este texto, completo cerca de 2,5 anos em home office.

Escrevo este post para refletir um pouco sobre isso e sobre a relação que existe entre felicidade e home office.

Nota: home office é apenas uma expressão, pois como explico abaixo, definitivamente não passei 2,5 anos enfurnado em casa. Longe disso.

Parto do princípio: maioria de nós e acho que todos os leitores aqui do Blog anseiam por ter felicidade.

Pra onde vou na vida? Vou em busca da felicidade.

Como? Isso depende de cada pessoa.

Uns buscam dinheiro desenfreadamente mesmo que isso envolva trabalho excessivo, outros equilibram vida e trabalho, e outros parecem não gostar muito de trabalho. O mundo tem espaço para todos.

Se eu ganhasse na mega sena hoje, acredito que uma segunda-feira feliz envolveria:

  • Acordar sem preocupações (o que não significa acordar meio dia, claro)
  • Não pegar trânsito ou não perder tempo me locomovendo (stress)
  • Tomar um bom café da manhã
  • Fazer alguma atividade física
  • Trabalhar em algum projeto que eu ame
  • Parar de trabalhar quando sentir que tive um bom dia
  • Ajudar alguma pessoa (ex: Alguém que pede ajuda no Linkedin)
  • Curtir minha esposa/família
  • Praticar algum hobbie (ex: Ir a um jogo, ver TV, Igreja, etc.)

Seria isso.

Claro, não estou aqui falando sobre dias extraordinários, como viajar para algum lugar bacana. Estou realmente querendo tratar de um dia normal, típico.

O que percebi foi: o home office simplesmente me fez conquistar muitos dos pontos citados – e outros tantos que não citei.

Mesmo não tendo o dinheiro que teria se ganhasse na mega sena; mesmo não morando na casa com piscina dos sonhos de quem ganha a mega sena; e mesmo não podendo sair viajando o mundo durante o ano como uma pessoa que ganhou a mega sena – eu sinto que já tenho a liberdade para viver diariamente este dia feliz.

Isso nos leva a um conceito sobre Felicidade e Paz que gosto muito, de Naval Ravikant:

PAZ = FELICIDADE EM REPOUSO

FELICIDADE = PAZ EM MOVIMENTO

No home office, me sinto em paz. Sinto a liberdade necessária para estar em paz.

E isso não significa trabalhar menos, trabalhar pouco, não trabalhar ou não se envolver em projetos fora do trabalho.

Como trabalho no meio de tecnologia, tenho a graça de não precisar estar num escritório para trabalhar e sei que nem todos conseguem isso.

Perco? Sim, também perco.

Perco o cafezinho com os colegas, as ideias que surgem no corredor da empresa. Perco de conhecer pessoas pessoalmente ou simplesmente de ter contatos mais humanos.

Mas ao mesmo tempo, escolhi trabalhar neste tempo todo cerca de 2x por semana num coworking que gosto muito, o Impact Hub. Vou quando dá na telha, sem pressão e sempre tenho um dia muito bom, rodeado por pessoas que também tiveram a mesma ideia.

Inclusive o modelo de trabalho híbrido me agrada bastante para um futuro.

Quer exemplos mais práticos? Dou alguns exemplos de coisas que já fiz-consigo fazer neste modelo:

  • Ir almoçar minutos antes de toda a cidade chegar no restaurante e pagar a conta enquanto todo mundo está na fila se servindo
  • Ir na academia fim de tarde antes da multidão chegar
  • Correr vendo o pôr do sol em um dia comum
  • Cumprir afazeres no horário de almoço, tais quais ir a um cartório, passar no mercado ou simplesmente levar o carro no conserto
  • Fazer reuniões da varanda, pegar um bom sol de inverno e me sentir revigorado
  • Almoçar com amigos que estão nas redondezas e conversar sobre a vida com pessoas que gosto muito
  • Viajar em família e não perder dias de trabalho, já que com Wifi consigo ter um dia normal
  • Dentre outros exemplos que seriam muitos.

Portanto eu digo seguramente: se o home office permite que tenhamos dias felizes assim, não há nada melhor que isso.

Aposentadoria é quando você para de se sacrificar hoje por um amanhã imaginário. Quando o dia de hoje estiver completo, por si só, você estará aposentado”

Naval Ravikant

Até a próxima!

Não adianta querer mais que a pessoa

Em certos momentos da vida queremos ajudar pessoas.

Queremos ajudar pessoas a serem mais, a conquistarem mais, a darem um passo na vida.

Amigos, parentes, profissionais: sentimos que conseguimos ajudar essa pessoa, e isso soa como uma missão a ser cumprida.

Por vezes até já temos traçado na cabeça um plano para isto, um cronograma, uma ideia concreta.

Mas às vezes essa coisa não dá certo pois a pessoa não corre atrás, não se organiza, e não avança etapas.

O que aprendi é: não adianta querer mais que a pessoa.

Se a pessoa não se esforça minimamente para conquistar o que deseja, não há milagre que ajude, não há empurrão que salve e não há ajuda que adiante. Como diria Naval Ravikant, “Escolhas fáceis, vida difícil. Escolhas difíceis, vida fácil.”

Em um testemunho pessoal: praticamente toda semana recebo mensagens de pessoas querendo mudar de emprego, uma nova carreira e afins. Maioria por Linkedin.

Quando indico os passos que julgo serem necessários, sinto um ar de tristeza: “Tudo isso?” e sei que em grande parte dos casos a pessoa não agiu proativamente para conseguir o que queria.

Me tranquilizo lembrando de uma frase de Thoreau, em Walden (meu livro preferido):

“Se um homem marcha com um passo diferente do dos seus companheiros, é porque ouve outro tambor”.

Ou seja, quem sabe essa pessoa simplesmente ouve outro tambor. Faz parte da vida.

Até 🙂