Olá!
Hoje o post saiu no blog da Resultados Digitais.
O link é: http://resultadosdigitais.com.br/blog/erros-treinamentos-de-vendas/
Boa leitura!
Olá!
Hoje o post saiu no blog da Resultados Digitais.
O link é: http://resultadosdigitais.com.br/blog/erros-treinamentos-de-vendas/
Boa leitura!
Olá,
O que torna um evento inesquecível?
Suas palestras? A comida? O ambiente? Também, mas não exatamente.
Um evento inesquecível, é aquele que não acaba. Logo explico: momentos que não acabam em nossa história. Lições que lembraremos por muito tempo. Quebras de paradigma.
Digo seguramente que o RD Summit 2015, o maior evento de marketing digital do Brasil, não acabou para aqueles que lá estavam.
Tendo a grande honra de pertencer ao time da empresa Resultados Digitais, relato a seguir três grandes lições aprendidas nas percepções diante destes dias:
1.Todos tem a capacidade de tornar dos sonhos, realidades
Afinal, cada um carrega realmente o dom de ser capaz? Sim.
Se você não acredita no que faz, se ri dos próprios sonhos, ou deixa que o façam, imagine quem vai acreditar em você? Quem não acredita no mensageiro, consequentemente não acredita na mensagem.
O melhor profissional é aquele que ama e acredita na força que seu serviço tem. Na diferença que seu produto fará.
Ninguém melhor do que Henrique Carvalho, do “Viver de Blog”, para nos relembrar isso.
Em sua palestra, no RD Summit, Henrique lembrou que todos têm a capacidade de botar em prática os seus dons. Conhecimento, portanto, gera crescimento.
Para quem não conhece, ele largou tudo para literalmente viver de um blog, mesmo que tenha sido muito difícil no começo. Mas o Henrique é um daqueles caras que não tem só iniciativa, mas também “acabativa”:
“Não importa onde cada blog ou site esteja hoje. Um dia, todos eles começaram do zero.”
2.Atrás de vozes, empresas. Atrás de empresas, vidas
Isso é óbvio para o consultor “a moda antiga”. Aquele que visita seus clientes. Olha nos olhos, conhece, entende. Porém, mesmo sendo uma frase clichê, não é tão óbvio para o consultor online.
Ser um consultor online tem inúmeras vantagens: otimização de tempo, economia de gastos (gasolina, por exemplo!), maior número de clientes, etc. Apesar de tudo isso, na prática, ouvimos vozes atrás do skype.
Os encontros realizados no RD Summit foram incríveis por isso. As vozes ganharam forma.
Em época de crise, muitas empresas vêem o marketing digital como a luz no fim do túnel. E muitos deixaram a família em casa no feriado para vir a Florianópolis aprender mais sobre ações que podem dar novos rumos a seus negócios.
Wil Reynolds, um fera quando o assunto é marketing e relacionamento, nos reforçou isso em sua palestra:
“As vezes passamos muitas horas entendendo como algo funciona quando devemos pensar nas pessoas”.
3.Quem leva o “online” a sério, está (muito!) a frente dos concorrentes
O empreendedor, “aprendedor” e humorista Murilo Gun falou algumas vezes no palco principal:
“Imaginemos um funil. Quem está no Summit já está a frente. Já os que botam em prática o que é falado aqui, são mais preparados ainda. E, por último, quem realmente dá certo vem palestrar no outro ano.”
Por mais clichê que possa parecer, ainda tem empresas que não “gastam” tempo com marketing digital. É como admitir que os concorrentes devem estar na frente.
O case compartilhado por Miguel Cavalcanti surpreendeu muita gente, exatamente pois o mesmo aplica inbound para o agronegócio.
Isso mesmo! Achar que o marketing digital não se aplica ao seu negócio por conta do nicho é um grande erro.
Já diria Zigmuth Bauman: “A vida é maior que a soma de seus momentos.”
Levemos para a vida e botemos em prática os momentos vividos no RD Summit 2015! Sucesso!
Política se faz em todo lugar, de todo jeito.
Imaginemos uma longa fila de carros às 18h. Horário de pico, muito trânsito e stress. Você vê duas opções: a) furar a fila para chegar mais cedo em casa; b) indagar o por que de tanto trânsito em uma via que poderia ser dupla.
Na opção a, escolhemos o individual, o que interessa somente a mim. Posso furar a fila diariamente durante anos. Já na opção b, vamos além. Podemos fazer uma reclamação, um abaixo assinado, ou algo que venha a mente para melhorar aquela situação de caos diário. Estamos pensando no coletivo.
Em ambos os casos estaríamos fazendo política.
Independente se estamos afiliados a algum partido ou não, fazemos política o tempo todo. Fazer política é construir um mundo novo, todos os dias.
Mas claro, dentro deste imenso guarda-chuva, lembramos que a política também leva em consideração o processo eleitoral que temos que passar, ou seja: popularidade, identificação e votos.
O marketing político no Brasil
No início do período republicano, o Brasil passou por um sistema conhecido como coronelismo. Ou seja, a política era inteiramente controlada por coronéis.
Fraudes eleitorais, votos de “cabresto” (votos comprados) e diversos acordos eram percebidos.
Em nosso País, portanto, começamos a pensar em marketing político como uma substituição dos antigos coronéis, após a Revolução de 1930.
Surgem as Escolas de Samba
Surgia na época o carnaval das escolas de samba do Rio de Janeiro, uma oportunidade ímpar de auto-promoção das elites.
Em 1934, por exemplo, o Carnaval chegou a ser antecipado para 20 de janeiro para que as escolas homenageassem o então prefeito carioca Pedro Ernesto, o benfeitor responsável por juntar a festa popular com o poder público. Neste ano, inculusive, a Mangueira ganharia seu primeiro título.
Ao longo dos anos, o Carnaval foi sendo consolidado e -direta ou indiretamente- a política sendo feita. Eis que surge a figura do são-borjense, Getúlio Dornelles Vargas.
O advogado soube como nunca perceber que o marketing político poderia caminhar com a cultura do brasileiro, que até então não era tão afirmada quanto hoje.
No ano de 1941, em uma política de boa-vizinhança com o governo americano de Roosevelt, Walt Disney se inspirou no saudoso Paulo da Portela para criar o personagem Zé Carioca, aquele papagaio malandro que representava muito bem o jeitinho brasileiro.
Durante a época da Segunda Guerra Mundial, portanto, conseguimos perceber diversos aspectos do samba como representação nacional, basta lermos os títulos dos campeonatos vencidos pela Portela de 1943 a 1947: “Brasil, Terra da Liberdade”; “Movimentos Patrióticos”; “Brasil Glorioso”; “Alvorada do Novo Mundo” e “Honra ao Mérito”.
Até hoje, ano após ano, a cultura popular das escolas de samba é sempre recriada e está sujeita ao momento político que passa. Recordo aqui de 5 sambas que souberam como nunca abordar política em meio ao Carnaval do Rio, seja através da crítica ou de apoio:
1.O Grande Presidente – Mangueira 1956
“Salve o estadista / Idealista / E realizador / Getúlio Vargas: O grande presidente de valor”
Letra: http://goo.gl/MWHDmL
Áudio: https://www.youtube.com/watch?v=hIa87_OpKmM
O samba que garantiu o 3º lugar para a Mangueira foi eternizado na voz de Jamelão, dois anos após o suicídio de Getúlio. De caráter ufanista, exaltava o ex-presidente sem exitação.
Leonel Brizola, nas eleições para a presidência de 1989 (a qual teve vencedor o carioca Fernando Collor) promoveu um CD em que este samba estava presente gravado por Alcione como uma referência e homenagem a Vargas, que sempre foi sua referência maior.
2.Heróis da Liberdade – Império Serrano 1969
“Passava a noite, vinha dia / O sangue do negro corria / Dia a dia / De lamento em lamento / De agonia em agonia / Ele pedia / O fim da tirania”
Letra: http://goo.gl/lJPpp2
Áudio: https://www.youtube.com/watch?v=26UyeewtxIc
Obra do compositor Silas de Oliveira, “Heróis da Liberdade” se enquadra em um dos maiores sambas de todos os tempos.
O Brasil, em plena ditadura, vivia o AI-5, Ato Instituicional nº 5, que suspendia garantias constitucionais e dava poderes supremos ao Presidente, na época Costa e Silva.
A frase “É a revolução em sua legítima razão” chamou a atenção dos militares, que sugeriram a modificação para “É a evolução…” como conhecemos e cantamos até hoje.
3.E por falar em Saudade – Caprichosos de Pilares 1985
“Diretamente, o povo escolhia o presidente / Se comia mais feijão / Vovó botava a poupança no colchão / Hoje está tudo mudado / Tem muita gente no lugar errado”
Letra: http://goo.gl/L2ZnPd
Áudio: https://www.youtube.com/watch?v=cDYp_Xix2gI
O enredo político e irreverente é mais conhecido pelo refrão: “Tem bumbum de fora pra chuchu / Qualquer dia é todo mundo nu…”.
Na avenida se ecoavam saudades de um Brasil em fim de ditadura. Dois meses depois do carnaval daquele ano, faleceria Tancredo Neves devido a uma infecção generalizada.
Entraria em ação o vice Jose Sarney para estabelecer a Nova Constituição, repleta de planos econômicos e instabilidade financeira.
4.100 Anos de Liberdade: Realidade ou Ilusão? – Mangueira 1988
“Será que já raiou a liberdade / Ou se foi tudo ilusão / Será, que a lei Áurea tão sonhada / Há tanto tempo assinada / Não foi o fim da escravidão?”
Letra: http://goo.gl/z5Qq7W
Áudio: https://www.youtube.com/watch?v=WySBEVaxP1M
Cem anos após a abolição da escravatura, a “Verde e Rosa” chegava para questionar quão real haviam sido os efeitos da liberdade para o negro, que ainda sofre com o preconceito e miséria.
Vale lembrar que a Mangueira apenas perdeu o título pois a Vila Isabel vinha com o arrebatador “Kizomba: A Festa da Raça”, que também tratava da questão do negro e da opressão.
5.Ratos e Urubus, Larguem a Minha Fantasia – Beija-Flor 1989
“Vibra meu povo / Embala o corpo / A loucura é geral / Larguem minha fantasia, que agonia / Deixem-me mostrar meu Carnaval”
Letra: http://goo.gl/JkSX4Q
Áudio: https://www.youtube.com/watch?v=lZHGNKeLo2o
Dessa vez, o desfile definitivamente é mais lembrado que o samba-enredo em si. O carnavalesco Joãosinho Trinta trouxe o Cristo Redentor coberto com os dizeres: “Mesmo proibido, olhai por nós!”.
Joãosinho, sempre inovador, queria vestir o Cristo como um mendigo, como uma representação da pobreza, mas foi proibido. Logo, tiveram que cobrir o carro, transformando a história em um desfile inesquecível que até hoje dá o que falar.
O certo é: a política claramente se utilizou e se utilizará da cultura popular para defender seu lado, e vice-versa.
Dizia o teólogo catarinense Leonardo Boff: “Um ponto de vista é a vista a partir de um ponto”. Aprender a olhar o mundo pelo olhar dos outros melhora nosso próprio olhar. Uma política tem que levar em conta a diversidade de pontos de vista para cumprir suas ações.