Aprenda a jogar o “Jogo do Linkedin”

Esse post foi baseado em um ótimo Blog que acompanho, “Not Boring”, de Packy Mccormick.

O autor escreveu sobre os “Jogos” que jogamos nas redes sociais, mais especificamente Twitter, Instagram e Facebook. Recomendo o post completo.

Já que o meu mundo está diretamente atrelado a outra rede, o Linkedin e hoje em dia bem menos nas outras, como contei nesse post sobre o Instagram, resolvi refletir um pouco sobre “O Jogo do Linkedin”, mesmo sabendo que passo longos períodos de ausência na rede por falta de tempo e não sou exemplo ou pretendo ser referência para ninguém, ok?

Enxergando as redes sociais como Jogos

Parto de 2 pontos, do próprio autor:

1-Todos nós estamos jogando um ótimo jogo online . O quão bem jogamos determina as recompensas que obtemos, online e offline.

2-O Grande Jogo Online é jogado simultaneamente por bilhões de pessoas, online, como elas mesmas, com consequências no mundo real. Seu bem-estar financeiro e psicológico está em jogo, mas a desvantagem é limitada. A vantagem, por outro lado, é infinita.

Ou seja, jogar o Jogo Online, participar, ser ativo, estar sempre sendo visto nos “palcos sociais” é algo que pode trazer inúmeros benefícios. Como falo pra alguns colegas que estão querendo um emprego ou mudar de emprego: “Por que você está escondido? Como vão te descobrir? Suba no palco, se acostume, crie, escreva algo!”.

Eu, pessoalmente, muito me beneficiei desses Jogos Online, por mais que não me considere um Blogueiro ou algo parecido. O Customer Success Lab vendeu e vende bastante curso via posts de Instagram, via posts de Linkedin, afinal nós resolvemos gastar tempo nesse jogo e receber um retorno sobre ele.

E mais: jogar bem o jogo de uma rede social como Linkedin te faz ser convidado para palestras, workshops, lives, webinars, e consequentemente você estará se beneficiando por ter jogado esses jogos, caso queira divulgar ou vender um Produto ou Serviço através de um conteúdo de valor.

“O Grande Jogo Online é grátis para jogar e começa simplesmente quando você percebe que você está jogando um jogo”

Uma das mais brilhantes frases que já li, sintetizando isso tudo (tradução livre):

Quem são os jogadores do Linkedin e quais suas características?

O Linkedin é uma rede social de negócios lançada há 18 anos atrás pelo grande Reid Hoffmann. (já poderia tirar a licença de motorista se fosse humana).

Na minha sincera opinião, o Linkedin tem alguns tipos de jogadores:

  • A pessoa recrutadora
  • A pessoa líder estratégica
  • A pessoa profissional dos palcos
  • A pessoa querendo emprego
  • A pessoa que quer educar, mesmo com segundas intenções

Vamos visitar cada um deles? Reflita também qual você mais se assemelha, hoje:

  • A pessoa recrutadora

Muitas vezes representados por times de RH, Pessoas, Talentos, existem milhares de pessoas que possuem o objetivo e a meta de melhor e em menos tempo recrutar pessoas para uma determinada empresa. Essa pessoa é craque nas pesquisas, muitas vezes usa o plano pago do Linkedin e muitas vezes sabe usar as funcionalidades melhor do que os outros. Imagino que antes do Linkedin a dificuldade para recrutamento eram muito maiores, como se tivéssemos um mundo limitado e que hoje é praticamente ilimitado.

  • A pessoa líder estratégica

Líderes, CEOs, Founders e afins são pessoas que também normalmente precisam recrutar ou ajudar a recrutar. Portanto, líderes são constantemente vistos pela rede, compartilhando vagas, pedindo indicações e tantos outros pontos.

  • A pessoa querendo emprego

Como diria Gonzaguinha: “Eu acredito é na rapazeada!”. Muitas pessoas estão lá, deixando bem claro que estão abertas ao mercado, e isso faz parte do Linkedin! Gosto muito das pessoas que saem da zona de conforto e começam também a escrever e criar conteúdo relevante, sobre histórias pessoais ou percepções. Acredito que essas pessoas saem na frente das que também estão querendo emprego mas somente “estão cadastradas no Linkedin” por exemplo.

  • A pessoa profissional dos palcos do Linkedin

Essa pessoa vai mais para um lado de “Produtora de Conteúdo”. Está nos palcos do Linkedin e sabe diferenciar “Publicações” de “Artigos”. Sabe como fazê-lo, sabe quando deve gerar mais comentários e likes, e portanto visualizações. Se tornou ao longo dos anos uma pessoa que tira tempo para fazer melhores posts, e eventualmente tentando vender algo ou alguma ideia. O problema é quando essa pessoa só se torna “vendedora”, quando para de gerar valor às conexões, meramente para vender, vender e vender, como se tivesse jogando um Jogo “Finito” (assim que eu lançar meu curso; assim que a Live passar; assim que aquele evento acabar, eu paro de gerar conteúdo).

“Não dá para confiar num Palestrante de Sucesso que sai de uma palestra sobre “Como ganhar dinheiro” num Corsa ano 98”. (frase do mestre Rafael Rez)

  • A pessoa que quer educar, mesmo com segundas intenções

Esse tipo de pessoa é muito especial. Se eu resolver continuar jogando o Jogo do Linkedin, quão mais próximo estiver disso, estou feliz. É a pessoa que escreve pro Linkedin como se estivesse escrevendo pílulas de sabedoria ou de conhecimento; tem coração de estudante pois acaba também deixando a bola quicando para receber diferentes opiniões acerca de um tema; ou escrevendo um artigo maior sobre algum assunto mais aprofundado. Talvez essa pessoa compartilhe algum link vendendo algo algum dia? Sim, mas isso fica mais aceitável de acordo com o valor que foi gerado nos outros posts do público que resolveu atingir.

*E claro, existe o tipo de pessoa que não gasta tempo jogando o Jogo do Linkedin, seja porque não gosta, não curte ou pois está ocupada e tem outras prioridades – e tudo bem também. 🙂

Escolhendo jogar Jogos Infinitos no Linkedin: a escolha de ouro

Aprofundando na ideia que citei no tópico anterior, e resumindo as ideias de James Carse (1986) em “Jogos Finitos e Infinitos: Uma Visão da Vida como Jogo e Possibilidade”:

  • Jogos Finitos: Busca o poder; é teatral; necessita de um público; joga para ganhar. (ex: Lançar meu curso)
  • Jogos Infinitos: Qualquer interação autêntica e genuína; às vezes muda as regras; envolve os participantes; joga para participar e permanecer no jogo. (ex: Educar o mercado)

Os Jogos Infinitos, portanto, são os mais valiosos. E entender e saber em qual jogo você está, radicalmente muda os tipos de decisões que você toma.

Gere valor “Infinito” às suas conexões do Linkedin e gaste tempo com isso – e o tempo vai se responsabilizar por trazer os benefícios atrelados a isso, por exemplo:

  • A pessoa recrutadora, que joga Jogos Infinitos… Consegue chamar atenção para Cultura e aspectos de sua empresa, e atrair melhores pessoas candidatas;
  • A pessoa líder estratégica, que joga Jogos Infinitos… Consegue compartilhar rotina, ideias, ações da empresa e atrair melhores pessoas candidatas;
  • A pessoa querendo emprego, que joga Jogos Infinitos… Consegue chamar a atenção com conteúdos sobre aprendizados, que mostrem a vontade que tem para conseguir uma posição, e algo que possa fazer sentido para recrutadores em geral;
  • A pessoa profissional dos palcos, que joga Jogos Infinitos… Consegue deixar de lado “só vender” e passa a gerar valor e se tornar cada vez mais a pessoa que quer educar (abaixo);
  • A pessoa que quer educar, que joga Jogos Infinitos… Consegue educar as pessoas pois sente que essa é sua missão no Jogo do Linkedin. Sente a alegria de poder colaborar, e sabe que esses aprendizados podem refletir à longo prazo no seu conhecimento e das suas conexões.

Recomendo bastante o Talk de Simon Sinek sobre “Jogos Infinitos de Liderança”, que traduz bem essas ideias de forma atualizada e até mais bacana. Basta clicar aqui (10min30).

Meus 2 pedidos finais

Independente em qual tipo de jogador do Linkedin você se encaixa, independente de seus objetivos (ou se você não tem objetivo algum na rede), quis incluir 2 pedidos finais em coisas que percebo junto com algumas pessoas queridas que minha carreira teve a bondade de me apresentar:

1-Respeite o tempo de seu mentor/expert

Muitas pessoas vêem o Linkedin como uma oportunidade de se aprofundar em diferentes modelos de negócio, na premissa de: “Essa pessoa parece ser referência. Ela certamente vai me ajudar com meu desafio atual”.

Lembre que esses mentores/experts não tem obrigação e necessariamente sempre terão tempo de te ajudar, por exemplo, topando fazer uma reunião com você na mesma semana – por mais que seja algo frustrante. Essas pessoas também tem metas, são cobradas e não necessariamente tem uma agenda aberta para conexões e networking, por exemplo. E juro que não é maldade.

Para melhor jogar o Jogo do Linkedin, recomendo um artigo que publiquei de coração há algum tempo:

2-Não tenha medo de produzir conteúdo, comece!

Eu gostaria muito de ler o que você tem para compartilhar. Seja você um founder de sucesso, ou uma pessoa que está procurando emprego em início de carreira. Coragem, escreva, compartilhe, eduque suas conexões e vá pegando o gosto por isso. Não se esconda por ter medo de escrever!

Se você está lendo isso, desafio você para fazer alguma Publicação ou Artigo e me enviar aqui – vou certamente amar ler e comentar 🙂

“Acho que clareza ao escrever indica clareza de pensamento.” – Matt Mullenweg

Dicas de leitura aqui do Blog:

Acabo este post com Elis, afinal a mensagem é: “Nem sempre ganhando / Nem sempre perdendo / Mas… / Aprendendo a Jogar!”.

Que os Jogos do Linkedin possam te ajudar na vida, na carreira a ser uma pessoa mais feliz a partir das conquistas e do crescimento que você poderá obter.

Até a próxima!