Como definir o posicionamento tático da sua startup?

Faz tempo que sou fã do fundador e CEO da Omie Experience, Marcelo Lombardo.

O cara tem muitos anos de mercado, passou por muita coisa e conseguiu construir um produto inovador: uma plataforma completa para ERP, a Omie.

Acompanhando a palestra dele no evento Vendas B2B Summit, ele compartilhou 2 slides muito interessantes e que volta e meia entram em discussão em mesas de lideranças, C-Level e demais decisores de startups: o posicionamento tático.

Quer um exemplo de quão é difícil definir isso?

Se você está redefinindo o site de sua empresa e sentiu dificuldade para se comunicar com o mercado, por exemplo. Quão agressivo você precisa ser? Como deve lidar com a questão dos concorrentes? Como deve comunicar benefícios? Como comunicar coisas que joguem ao favor e não contra? Dentre tantos outros pontos.

Como um time de futebol, sua startup pode jogar de diversas formas, as quais o Marcelo trouxe 3 para melhor ilustrar, e as intitulou de Gorila, Chipanzé ou Mico.

Obs: Apesar dos nomes, ele lembrou que a estratégia depende de empresa pra empresa. Não há nada de errado em ser mico, ok?

Sem mais delongas, e com autorização do autor, envio aqui os 2 slides da apresentação e provoco: sua startup hoje é Gorila, Chipanzé ou Mico?

Até a próxima!

A importância da nomenclatura

Você tem o costume de nomear as coisas?

Lendo um grande livro de Amyr Klink, chamado “Mar sem fim”, destaquei uma frase:

“Não mudei o seu nome quando fui registrá-la porque creio que todo barco adquire uma certa personalidade com o nome de batismo, especialmente uma canoa.” (pg.9)

Amyr é realmente um cara inspirador! Neste livro, narra com detalhes a viagem que fez do sudoeste da África à Paraty. Recomendo a leitura de Mar sem Fim.

O fato é: assim como uma canoa, existem viradas de chave; processos; novidades; ações contínuas que precisam ser nomeadas, especialmente em startups que crescem muito rápido.

Por exemplo: certa vez, quando estava na Geekhunter, notei que os vendedores precisavam dedicar diariamente parte do dia para realização de ligações para os clientes, e me vi diante de uma escolha, entre:

Opção 1 – Chamar isso pelo nome da própria atividade, ou seja “Ligar para clientes”

Opção 2 – Criar um nome que marcasse essa atividade, dando personalidade ao fato, como disse nosso amigo Amyr Klink

Optando pelo 2, lembrei de uma frase que falava Chacrinha, “Quem não se comunica se trumbica”, e em uma divertida reunião semanal lancei o nome “Operação Chacrinha”.

Se tivesse optado pelo 1 teria tido menos resultado? Não sei dizer, mas sei que a moda da “Operação Chacrinha” pegou e conseguimos atingir os objetivos de contato.

Esse é um exemplo simples, mas compartilho outros tantos nomes que ajudei a batizar ou presenciei o nascimento com pares e liderados ao longo da carreira:

“Get Ready” – Programa de treinamentos para novatos
“Movi Start” – Idem acima
“[XXX] 2.0” – Usado para nomear projetos que visam otimizar a versão anterior do que estava sendo feito (até ir avançando 3.0, 4.0, etc.)
“5Ds do Implantador” – 5 diretrizes magnas para um Implantador realizar antes, durante e pós call
“Perseverança” – Nome de uma apresentação de meio de mês em vendas
“Velhos e Novos Onboardings” – Usado para criar um senso de antes e depois de Onboardings feitos com clientes
“TheCXFactor” – Série de Webinars, que teve os 2 primeiros episódios sem nome, e pensando em criar-se uma identidade, nasceu

Pergunto: o que, no seu dia a dia ou se tratando de novidades e mudanças poderia ser batizado?

Até a próxima!

O líder e sua escuridão

Uma música que gosto muito diz:

“E quem sou eu pra te ensinar / coisas que nem sei?”

Pensando bem, isso tem tudo a ver com liderança.

Muitas vezes o líder não sabe a resposta, o caminho, a solução. E isso pode e provavelmente deve ocorrer bastante ao longo de um trimestre, um mês, uma semana…

Dizia um amigo: “Eu, como líder, duvido de mim todo dia. Inclusive estou duvidando de mim neste momento”. Coisas que livros de liderança não nos ensinam…

Comparemos o desconhecido à escuridão. Um quarto escuro mais precisamente.

Quando não existe um interruptor para ligar a luz, um bom líder deve em primeiro lugar admitir que não tem uma resposta.

A partir daí…

  • Utilizar a comunicação, a criatividade e abandonar o ego pra iluminar de alguma maneira este quarto, mesmo com um fósforo e uma vela
  • Focar em direcionar o liderado para que ele seja capaz de iluminar o quarto também, sem depender do líder
  • Pensar que toda a escuridão é motivo de aprendizado e uma carreira sem “quartos escuros” é utopia

Dizem que Thomas Edison testou 1.430 ideias antes de inventar a lâmpada elétrica.

Se ele levou esse tanto para “iluminar” a escuridão, por que nos desesperamos ao invés de tentar resolver?

Por mais líderes que tenham a humildade de dizer: “não sei, mas vamos descobrir”!

Na foto, uma singela homenagem ao professor que foi um dos responsáveis a me fazer passar em dois vestibulares, sem contar os milhares de alunos que foram “iluminados” ao longo dos anos. Professor Jerry, fique com Deus!