Miles Davis: conhecimento = felicidade

Certa vez, antes da vida adulta, estava eu checando CDs na Renner e comprei “Kind of Blue” de Miles Davis por um simples fator:

A capa.

A capa me chamou a atenção, e que bom que o fiz pois as músicas eram um jazz até então desconhecido para mim.

Pois bem, recentemente vi um trecho de entrevista com Miles, que disse:

“Para mim, conhecimento é felicidade.

Se aprendo algo, isso me faz sentir bem.

Por exemplo: aprendi algo fantástico ontem e não posso esperar para aplicar!”

Nunca tinha conseguido definir a agonia que sinto, quando passo alguns dias sem ler, sem aprofundar, sem exercitar o cérebro de alguma forma.

É isso: conhecimento = felicidade. Thank you, Miles.

Bill Gates e obsessão

Contou Michael Moritz, partner da Sequoia (em tradução livre):

“No começo dos anos 80, Bill Gates me deu uma carona em seu carro, até o aeroporto.

Em certo momento notei que não existia rádio! Perguntei: o que aconteceu? Você foi roubado? E Bill:

‘Não! Dirijo de casa para o trabalho, o que dá 7min e 32seg – e às vezes até o aeroporto. Se eu colocasse um rádio, prestaria atenção nas músicas e notícias e não estaria pensando na Microsoft”.

Isso, senhores, é obsessão!”

Jordan e a vontade de ouvir

Há um ano descobri o Podcast “Founders”, de David Senra.

O cara faz um apanhado de materiais, entrevistas, livros de diversas mentes inspiradoras e brilhantes e cria episódios épicos. Ouvi hoje o episódio de Michael Jordan, antigo ídolo.

Michael Jordan's UNC Dorm Room Being Recreated for Fans

Pois certa vez perguntaram a seu treinador do high school, Bob Gibbons, sobre o que diferenciava-o como jogador. Gibbons respondeu através uma pergunta que Michael o fazia:

“Mr. Gibbons, o que preciso fazer para ser um jogador melhor?”

Diversas referências apontaram essa vontade de ouvir, de colher feedback, de prestar atenção sobre-humana em seus mentores e treinadores como seu grande diferencial.

E Senra recordou de Nick Saban, ex-treinador de futebol americano do Alabama que certa vez afirmou:

“Jogadores comuns gostam de ser deixados sozinhos. Bons jogadores querem mesmo ser treinados. Já grandes jogadores querem que lhes digam a verdade.”

Levo como lição: um jogador diferenciado busca o feedback o tempo todo.

Quem preciso ser?

Do autor de “Essencialismo”, Greg McKeown, no podcast de Tim Ferriss dessa semana:

“Uma das perguntas mais comuns é:

‘Como faço para conhecer a pessoa certa? O que eu iria querer nessa pessoa?

As pessoas podem passar anos e anos pensando nessa pergunta.

Então trago uma pergunta melhor: ‘Como eu posso ser a pessoa certa? Quem eu preciso ser?’”

Eu, Lui, acho que isso vale para nossa carreira, saúde, amizades e tantas outras esferas:

Se eu melhoro, a felicidade me acha mais facilmente.

Até!

“Quanto mais bem sucedido…

…mais sapo temos que engolir”.

Ouvi essa frase de Marcelo Flora, Managing Partner do BTG Pactual.

No mesmo Podcast ele ainda contou uma história curiosa: a esposa de um amigo ficou indignada com seu chinelo que arrebentou e queria, do alto de 100k seguidores, postar o causo no Instagram.

Ele puxou o amigo e falou: “O empresário dessa empresa é tal pessoa. Tem certeza que esse post vale a pena? Ela pode não ter nada a perder, você tem.”

Líder também precisa abrir mão de reclamar.

Lições simples mas que gostei muito de refletir!