“The Godspell Experience: Inside a Transformative Musical” – Frases de Livros

O filme musical Godspell – A Esperança (1973) é uma das grandes memórias que tenho da infância.

A peça de teatro que originou o filme é retratada no livro “The Godspell Experience”, de Carol De Giere, que li no Kindle (hoje somente em inglês).

De forma irreverente, Godspell nos apresenta o Evangelho segundo São Mateus sob uma perspectiva única: Jesus e os apóstolos retratados como palhaços e representando o lado mais humano, brincalhão e ao mesmo tempo sublime de tantas passagens do Evangelho, e claro, através de músicas épicas como “Day by Day” e “Prepare ye the way of the Lord”, dentre outras.

O livro retrata o começo da peça, detalhes e letras de todas as músicas do espetáculo, bem como a filosofia por trás das escolhas que foram feitas para tornar essa peça uma das mais famosas nos Estados Unidos a muitas décadas. Aqui no sul, o Movimento de Emaús em Porto Alegre adquiriu os direitos e representa a peça com o título “Day by Day” com algumas adaptações.

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Onboarding ou Implementação: qual a diferença em Customer Success?

Estava pensando sobre uma diferença relevante de dois termos muito usado no mundo de software nos últimos anos:

Onboarding e Implementação.

Normalmente referidos como primeiros passos de um cliente que acaba de comprar-assinar um novo software, eles tem 3 pontos peculiares que detalho abaixo:

1-Quem bota a mão na massa no Onboarding é o cliente. Quem bota a mão na massa na Implementação é o cliente + o Implementador.

Já que o Onboarding funciona mais como um passo-a-passo guiado e-ou um tira-dúvidas dos pontos que o cliente já levantou para o começo, normalmente funciona com o cliente compartilhando a tela; o cliente botando a mão na massa; o cliente contando seus objetivos com a solução. É como se o CSM fosse o personal trainer desse Onboarding – que não necessariamente vai fazer os exercícios da academia pelo cliente. Aí entra também a importância da estruturação de projetos de Educação para o cliente partindo da premissa: “Que conteúdos podemos criar para o cliente ir adiantando as ações com o software, mesmo antes da primeira reunião com o CSM?”.

Na Implementação (que historicamente tende a ser algo mais técnico) é comum que o implementador bote a mão na massa junto com o cliente, por exemplo, auxiliando com banco de dados, realizando querys, fazendo reuniões extras com o time de desenvolvimento – dentre tantas outras ações práticas.

2-Quem define os prazos no Onboarding é o cliente, com dicas-apoio do CSM. Quem define prazos na Implementação é o Implementador.

No Onboarding por mais que o CSM tenha uma meta, o mesmo não tem o poder de exigir do cliente que faça alguma ação “até amanhã”. O cliente define seus prazos, suas tarefas, e cabe a ele “matar no peito” e agilizar este início por conta própria e entender que se haverá a segunda reunião semana que vem, o melhor seria realizar tais ações para conseguir evoluir porque se o projeto não der certo, o problema maior é dele. Claro, com pitacos importantes do CSM sobre estes prazos.

Na Implementação normalmente existe um cronograma fechado e alinhado das duas partes, já que uma depende da outra totalmente, para que não hajam atrasos no projeto.

3-Quem atinge a ativação no Onboarding é 100% o cliente. Quem atinge a ativação na Implementação são os dois lados.

Como “personal trainer” o CSM de Onboarding consegue levar o cliente ao seu primeiro sucesso com a solução, muitas vezes chamado de Ativação – voltando a ideia da academia, seria como “Perder os 5 primeiros quilos”. Apesar da ajuda do CSM, é o cliente que conquista isso sozinho não só comparecendo nas reuniões, mas tirando tempo para fazer isso fora das reuniões também.

Já na Implementação, por ser um projeto de ambos, essa Ativação (muitas vezes comemorada usando a seguinte frase: “Minha conta foi implementada com sucesso”) depende das tarefas citadas nos itens anteriores, das duas partes.

Desde as comunicações de Marketing, até as comunicações de Vendas e no alinhamento com o próprio CSM é preciso ficar claro se os primeiros passos serão no estilo de Onboarding ou de Implementação: isso faz toda a diferença.

Abraços!

O que penso sobre política?

Quando nasci, em 1991, o Brasil estava prestes a viver uma grande confusão.

Fernando Collor de Mello estava à toda e Marcilio Marques Moreira havia substituído a famosa Zélia, prima de Collor, como Ministro da Fazenda.

A inflação era de 20% e nem preciso contar o restante da história – confisco das poupanças, impeachment, etc.

A medida que fui crescendo nosso País continuou assim, com alguns períodos de estabilidade e muitos de instabilidade em diversos âmbitos.

E hoje, nem preciso comentar: se eu punha uma certa esperança cristã de que “todo homem é bom”, as decisões políticas e interesseiras nesta pandemia me fizeram ter desesperança sobre o ser humano. Eu acabo a pandemia em uma teoria que mais se aproxima de vivermos um “vale de lágrimas” do que de estarmos em um Céu já aqui na terra.

Diante de todo esse cenário, nascendo, crescendo e vivendo essa confusão chamada Brasil – e após ler ideias de um livro que muito me chamou a atenção resolvi sair um pouco do âmbito startupeiro para responder a pergunta: afinal, o que penso sobre política?

O lado racional x o lado intuitivo

Daniel Kahneman em sua obra “Rápido e Devagar” nos mostra que o ser humano tem dois lados:

a) o intuitivo: rápido, reativo, como um “susto”;

b) o racional: é elaborado, devagar, podemos pensar calmamente sobre.

Outro autor, que explorarei mais aqui, o psicólogo Jonathan Haidt, em “A mente moralista” explora de forma mais profunda ambos os lados através de uma curiosa analogia.

A analogia do homem em cima do elefante

Haidt defende que o elefante representa o lado intuitivo: quando o elefante age, não há muito que o homem (lado racional) possa fazer.

Ou seja:

“Intuições vêm antes, raciocínio estratégico depois”

O normal para o ser humano é agir primeiro a partir de sua intuição, como um elefante desgovernado. O normal é não mudar de ideia. O normal é não ouvir o outro. O normal é não se abrir para uma possível complexidade. O normal é não se abrir para o diferente. O normal é se sentir confortável somente com pessoas que pensam iguais a você, sua tribo, e não se abrir a outras ideias – a outros caminhos e pensamentos.

Esta simples analogia de Haidt para mim resume muito o que é política: pessoas agindo através de sua intuição.

E isso cria todos os tipos de polarização possíveis:

  • Esquerda x Direita
  • Racismo
  • Xenofobia
  • Guerras políticas
  • Guerras “santas”
  • Brigas e discussões
  • …e o output disso tudo é o sofrimento (seu ou do próximo).

E obviamente, por consequência disso tudo, os tempos nos levam a termos no poder sujeitos extremistas e conservadores. Políticos que representam a ideia do “elefante intuitivo” antes do “homem racional”.

Algumas conclusões

Diante de tudo isso, hoje sou cético para a política por ser cético acerca do ser humano, a lá Hobbes e Maquiavel.

Algumas conclusões acerca do tema:

  • Provavelmente eu morra em um País ainda confuso, com valores morais (como sociedade) e éticos (como indivíduos) duvidosos. Ivan Lins cantou “Desesperar jamais” – e eu corrigiria: “Desesperar jamais, pois meu País vive um eterno desespero político”.
  • Devo votar no político menos pior – ou que esteja mais aberto ao diálogo e ao novo.
  • Devo focar tempo e dinheiro auxiliando a minha comunidade, meu “pequeno País”, como em projetos sociais de forma contínua ao longo da vida – ao invés de perder tempo no Twitter passando raiva de políticos ou lamentando do sofá da sala mortes no Oriente Médio quando na favela perto da minha casa tem gente passando fome e frio.
  • Não devo focar tempo da minha vida acompanhando política além das principais notícias, como no The News (5min toda manhã na minha caixa de entrada) e alguns jornalistas que expressem uma visão inteligente do que acontece. Ficar 100% alheio não ajuda em nada, mas ficar 95% alheio já está bom pra tosse.
  • Devo educar meus filhos para fazerem desse mundo um lugar melhor.
  • Devo sempre rezar e torcer por um Brasil melhor, apesar do ceticismo.

Tomara eu estar errado, o Brasil de alguma forma dar certo e no fim da vida poder entoar como fez Elis ao fim do lamento em “Aos Nossos Filhos“:

“E quando brotarem as flores

Quando crescerem as matas

Quando colherem os frutos

Digam o gosto pra mim”

Até a próxima!

“Entre a ciência e a sapiência” (Rubem Alves) – Frases de Livros

Este é o terceiro livro do grande Rubem Alves que posto aqui no Blog.

Os outros dois foram:

Como sempre, reflexões profundas sobre educação, professores, o formato da educação e especialmente a questão científica.

Afinal, como posso equilibrar “ciência” com o conhecimento que possuo, “sapiência”? Ou melhor explicando, a união entre ciência e arte; entre o científico e a beleza?

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“Nascido para correr” (Christopher McDougall) – Frases de Livros

Este livro me chamou a atenção numa época que estive impossibilitado de correr.

Sinceramente não é dos livros mais dinâmicos. Ele se perde muitas vezes tentando construir uma narrativa em romance, quando na verdade poderia ser muito melhor explorado – e talvez mais curto.

Mas a ideia é muito bacana, e baseada em fatos reais: o autor descobriu uma tribo do México que corria de pés descalços e aguentava altas temperaturas por horas a fio, além de escalar montanhas e realizar coisas humanamente impossíveis.

Ainda assim, o melhor livro sobre corrida que já li ainda é: “Do que eu falo quando eu falo de corrida” (Haruki Murakami) – Frases de Livros

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