FOMO e decisões ruins

Li uma entrevista do ator Terry Crews, famoso por “Everybody hates Chris” e “Brooklyn 99”.

Ele comentou que toda a decisão ruim que tomou na vida foi porque ele teve FOMO (Fear of Missing Out), que em português seria como o medo de não participar de algo, de perder algo, de deixar algum acontecimento escapar pelas mãos.

Isso é muito significativo. 

Muitas vezes já proferi a frase:

“Preciso ____ porque é o último dia possível para fazer isso”. E fiquei famoso pela palavra: “Preciso…”. 

Por exemplo:

“Precisamos ir neste evento porque para acontecer de novo, só ano que vem”.

Na verdade, a não ser que estejamos falando de nossa essência e das pessoas que amamos – raramente perderemos uma experiência inigualável. 

O mundo tem milhares de possibilidades tão legais quanto – cuidado com o senso de urgência criado para te convencer.

7 passos para montar uma boa palestra

Antes da pandemia especialmente, me via dando “sim” para muitas palestras.

Hoje menos, seja por falta de tempo ou por escolher melhor como gasto minha energia.

Sobre isso, leia: “Dar e Receber”.

Já dei palestras:

  • Boas: fizeram sentido para as pessoas; os outputs foram claros; o objetivo foi cumprido e eu mesmo senti que era isso.
  • Nem tão boas: confusas; tempo se alongou; adicionei muita coisa e não cortei outras; pouco tempo de preparação; dentre outros pontos.
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O que não se registra, o vento leva

Documentação.

Playbooks.

Registros de processos.

Não importa o nome que você dê. A medida que uma Startup cresce, o maior problema que se tem é comunicação, segundo Ben Horowitz.

As coisas que não são registradas são levadas pelo vento:

  • Um funcionário que detinha aquele conhecimento e saiu de férias
  • Um software que era utilizado para registro de reuniões, que ao ser cancelado fez a empresa perder horas de conteúdo útil
  • Uma documentação que uma pessoa salvou num arquivo e perdeu na restauração do notebook, e por aí vai.

Registre processos, ações, ideias. Registre as coisas sempre pensando na premissa:

“Se eu tirar férias de 30 dias a partir de amanhã, e um novo funcionário entrar, ele conseguiria exercer seu trabalho?”

E se você é líder, o mesmo vale para seus liderados. Registre, senão o vento leva. Lidere projetos que registrem o que é importante. Você pode até perder tempo fazendo isso, mas ganhará muito mais no longo prazo.

Leia também: Como criar um Playbook para minha empresa?

Até!

Pessoas de CX precisam ser PMs

Traduzindo: pessoas que trabalham em Customer Experience (CX) precisam se inspirar mais nas jobs de Product Managers (PMs).

Um grande profissional de CX levantou esse ponto, e explicou:

“É inviável hoje em dia para Startups terem uma pessoa especialista em CX que tenha skills como ‘bom atendimento’ ou ‘lidera um time que atende bem’ ou algo assim.

Uma pessoa profissional de CX precisa saber conduzir coisas técnicas. Precisa ter senso crítico no que está sendo entregue. Precisa entender como se lidera um time de Produto, por exemplo. Precisa liderar mais de um projeto ao mesmo tempo do começo ao fim, com excelência.

Senão o que acontece é um eterno telefone sem fio – a pessoa passa e repassa problemas e nada resolve.”

E concordo totalmente com essa visão. E digo mais: bons profissionais de CX munem o time de Produto com informações e feedbacks relevantes e organizados. Imagine só se todo time de CX tivesse como gol melhorar o produto em questão através do que vivem com os clientes? Nem sempre é assim.

Mas não se apavore: a ideia não é que alguém de CX precise entender código para saber criticar ou julgar pro bem ou pro mal algo que foi feito. Mas minimamente precisa saber como garantir a execução daquilo.

Profissionais de CX, que todos nós tenhamos mais skills de PMs do que skills “amantes do sorriso do rosto do cliente” ou coisas supérfluas que por si só não vão fazer a coisa andar, como muito vejo por aí.

Valeu!