Os maiores insights de Edson Rigonatti no podcast “Deep Growth”

Quando se trata de Edson Rigonatti, não são necessárias apresentações, ao menos para nosso ecossistema de tecnologia e startups.

O sócio da Astella Investimentos e investidor conversou com meu amigo Gabriel Costa (Mineiro) e com a Tahiana D’egmont no excelente Podcast “Deep Growth”.

Conversando com o Mineiro, o mesmo me disse que as indicações de livros e afins não estavam registradas. Portanto aproveitei para registrá-las e adicionar outros insights importantes que seguem abaixo:

  • Indicação de livro sobre Storytelling, já que um empreendedor de sucesso precisa saber contar histórias: Story – Robert Mckee
  • “A diferença entre uma história boa e uma ruim é que você acredita na boa” (Rigonatti)
  • O triple-triple-double-double-double começa como uma escalada ao Everest:
    • De 1.000 empreendedores com Investimento Anjo,
    • 100 chegam no Seed
    • 25 na Série A
    • 12 na Série B
    • 1 vira Unicórnio
  • Empreendedores não chegam lá por 4 fatores:
    • 25% por FALTA DE TALENTO: Pouca experiência; experiência errada; falta de gente boa no time; problemas societários. Isso é mais palpável, e dá pra perceber olhando o Linkedin e vendo as “10.000 horas” da pessoa, conversando com o time, etc.
    • 25% por QUESTÕES DE MERCADO E PRODUTO: Não tem como prever; timing; ex: Patinetes motorizados
    • 25% por POUCO DINHEIRO OU MUITO DINHEIRO: Muitas pessoas acham que muito $ não é problema mas “muita água também mata a plantinha”
    • 25% por MATURAÇÃO DO MODELO SOCIOLÓGICO: “O pai de família não vira cacique; o cacique não vira prefeito, etc.”; problemas de sócios e afins.
  • O que Astella procura ver nos empreendores, então? Alguns pontos:
    • Experiência (em todos os Podcasts que ouvi com o Rigonatti, o mesmo cita as 10.000 horas, ideia de Malcom Gladwell, no livro Outliers)
    • Se conseguiu montar um bom time
    • Se teve o cuidado e conhecimento de cuidar do CapTable
    • Se sabe contar a história de Produto
    • Se sabe conseguir dinheiro (de outros investidores lá na frente)
    • Se vai amadurecer, melhorar, evoluir, etc. (e tem desejo disso)
  • Sobre Marketing e Growth, o crescimento da empresa precisa ser orgânico. A Astella só investe em máquinas de crescimento proprietária: não dependendo de Google, Instagram, Televisão, etc. e sim a própria empresa fazer algo para gerar demanda.
  • “O B2C é mais difícil de maquinar que B2B pois é mais difuso; mas é muito mais escalável! Consumo é muito mais significativo que empresa, no ponto de vista do investidor. Mas o quesito “saber quantos vendedores tenho; produtividade média do vendedor; etc”, é mais difícil no consumo” (Rigonatti)
  • “O pessoal de B2C (consumo) precisa ter a mesma disciplina do pessoal de SaaS. Mas cada vez mais vemos as práticas de SaaS aplicadas em B2C, até porque logo logo tudo vai ser subscription ou ter algum modelo paralelo em subscription.” (Rigonatti)
  • No Podcast, Edson citou que nos Estados Unidos existe um marketing nichado, “marketing por Zip Code (CEP)”, que é realidade há mais de 5 anos. No Brasil tentamos vender nosso produto para o Brasil inteiro, e isso pode trazer consequências negativas de crescimento
  • “Na década passada, em Enterprise, vivemos a “consumerização do Enterprise”: tínhamos que desenvolver sistemas para empresas, tão legais como o Facebook, Twitter, Snapchat. Após 10 anos de SaaS, o que acontece é que agora queremos “SaaS” também na nossa vida (B2C)”. (Rigonatti)
  • “Nunca tinha lido a Bíblia, e 2021 vai ser o ano que vou ler pela primeira vez. Por exemplo, a história do Êxodo que é parecida com a história de um empreendedor – convencer um monte de gente de largar o ‘bem bom do Egito’, e ir pro deserto achar uma terra prometida que não existe e não chega! É incrivelmente parecido o desafio de Moisés e de empreendedores.” (Rigonatti)

Até a próxima!

Satisfação Garantida (Tony Hsieh) – Frases de Livros

Tony Hsieh com certeza ajudou a mudar a forma que lidamos com clientes, e colaborou por consequência em trazer novas ideias e um grande case para o mundo de Customer Success e Customer Experience – a Zappos.

Neste livro, “Satisfação Garantida”, o autor conta um pouco sobre sua história, a história do ecommerce de sapatos Zappos e traz muitos elementos de uma cultura Customer Centric (centrada no cliente).

Infelizmente, o mundo perdeu Tony em decorrência das consequências de um incêndio no dia 27 de novembro de 2020. Após Steve Jobs eu não lembro de ter acompanhado a morte de alguma pessoa ligada com o mundo de tecnologia, fato esse que me fez apreciar mais ainda esta obra prima que li pela última vez 2 anos atrás. Recomendo a leitura!

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Amar ou não amar a própria carreira?

Às vezes sinto que passamos de uma era:

“Ame sua carreira! Ame seu trabalho e não precisarás trabalhar 1 dia sequer!”.

Para a ideia:

“Não ame sua carreira! Seu trabalho não te amará de volta! Trabalhe pra ganhar dinheiro e ame sua família e seus amigos!”.

Eu acho que nem tudo na vida precisa ser “um lado ou outro”. A vida é bem mais complexa que isso, apesar de vivermos numa era da simplificação de tudo. Muitas vezes estou mais para o “Lado A” de uma coisa, outras tantas me vejo mudando para o “Lado B” – a vida é isso aí.

Gosto muito de uma frase de Riobaldo no “Grande Sertão Veredas” de Guimarães Rosa: “O senhor ache e não ache. Tudo é e não é …”; e também de uma parte do samba enredo da Vila Isabel de 86: “Na vida eu sou tudo e nada, lalaiá…”.

Portanto, após muito refletir, e tudo bem se eu mudar de ideia daqui a um tempo, eu concluo: não tenho vergonha nenhuma de amar minha carreira, de amar meu trabalho, de amar estar com pessoas (colegas) incríveis que conheci.

Tudo é perfeito? Nem de perto!

Tem clientes que às vezes me irritam; processos que poderiam ser muito melhores nas empresas; coisas que não consegui conquistar no tempo que gostaria; segundas-feiras chuvosas que pediriam um tempo a mais de sono – mas, cantaria Ivan Lins: “Guarde nos olhos, a água mais pura da fonte…”, e complementaria Jorge Vercilo: “A beleza está no olhar; está nos olhos de quem vê!”.

Quem faz da rotina, novidade, esse sim é um grande sábio para mim. As pessoas que mais admiro parecem amar e ser gratas desde o momento que acordam até o momento que vão dormir, seja com trabalho ou família e amigos, hobbies etc.

Afirmo: se eu trabalhasse com qualquer coisa somente por dinheiro esperando o sino bater para chegar a hora de ir embora, não seria tão feliz como sou nem no tempo fora do trabalho.

Respeito todas as opiniões! Mas se eu fosse responder a pergunta principal, seria: sim, amo minha carreira, amo meu trabalho, e isso pra mim faz total sentido mesmo que esteja na moda dizer o contrário e que isso possa parecer ideia de um “trouxa”. Acho que sou um trouxa feliz, afinal.

Gosto muito de uma frase de Casey Neistat se referindo a outra profissional: “Qual é a suprema quantificação do sucesso? Para mim, não é a quantidade de tempo que você passa fazendo o que ama. É o pouco tempo que você passa fazendo o que odeia. E essa mulher passava o dia inteiro , todos os dias , fazendo o que amava”.

E você? Tem uma opinião formada sobre isso ou não necessariamente?

Até a próxima!

O centro sem Berbigão do Boca

Texto publicado no Jornal “Notícias do Dia” de Florianópolis/SC do dia 5 de fevereiro de 2021, em homenagem ao Berbigão do Boca, tradicional festa de abertura do carnaval ilhéu:

“Cessou-se o rufar do bumbo, calaram-se os tamborins. O cavaquinho ficou guardado e os foliões devidamente isolados – cada um no seu canto. 

Ocorreu-me que esse ano não teremos Berbigão do Boca, a tradicional festa da Ilha, no centro da cidade. Não tem grande mérito a minha conclusão: seria impossível que tivéssemos Carnaval diante desta triste pandemia, mas me perguntei por que o “Berbigão” vai fazer tanta falta?

Na época de meus pais e avós, tenho a sensação que muita gente realmente se mobilizava para o Carnaval. Ruas e bailes, rapazes e moças, uma folia completa e não apenas um feriadão. O Carnaval era ansiado durante o ano inteiro, e a quarta-de-cinzas, além do simbolismo religioso, tinha caráter de um “fim” bastante cantado em antigos sambas. 

Acontece que o Berbigão é mais. Não se trata de uma simples festa de abertura do carnaval ilhéu! Há 28 anos, cumpre sua função social e cultural, fixadas de maneira única na fisionomia mais humana de Floripa. Um encontro de sambistas, de todas as classes sociais: gente do morro, litoral e urbano, funcionários públicos e privados, turistas e curiosos, e sobretudo amantes dessa sexta-feira que antecede o Carnaval.

Ah, seus bonecos… Entre eles Zininho, o poeta maior; Aldírio Simões, o grande Mané; o compositor Luiz Henrique Rosa; a eterna cidadã samba Nega Tide e dezenas de outros, que representam não somente uma ausência pela partida mas uma presença como se falassem pra todos nós, no momento que erguemos a cabeça para os encarar: “Não deixem o samba ilhéu morrer!

O Berbigão do Boca contém, ao menos para mim, significado filosófico, poético, sentimental que é ligado a vida de nossa cidade. E é nosso dever manter o pouco que nos resta, vivo.

Entremos em contagem regressiva: em 365 dias, se Deus quiser, estaremos vacinados, entoando a pleno vapor: “É festa pra rachar / É uma coisa louca / Vamos botar pra quebrar / No Berbigão do Boca!”. 

Até lá!”

51 perguntas para um bom Podcast

Esses dias tive uma ideia pensando essencialmente em 2 pontos:

Portanto, sabendo que quem sabe fazer boas perguntas tem o mundo em suas mãos, resolvi separar 51 boas perguntas para fazer a um entrevistado em um Podcast.

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