O degrau de Modern Family

Estou vendo o hilário seriado “Modern Family” pela segunda vez.

Uma coisa que percebi é que da 1a a última temporada, eventualmente aparece um degrau da escada dos Dunphy que está quebrado.

As pessoas tropeçam neste degrau. 

O pai da família, Phil, sempre exclama: “Preciso consertar esse degrau!”. E por algum motivo, se concentra em outra coisa e deixa o degrau como está. 

Acho que em nossa vida é difícil termos algo 100%. Estarmos 100% com relação a alguma iniciativa, a tal grupo, a tal ideia, a tal projeto. Estar tudo indo 100% bem. Em uma casa linda como a deles, não ter um degrauzinho a ser consertado, por exemplo.

Esse degrau para mim é simbólico. Simboliza isso. De que é normal e natural termos algo a consertar.

Do fantástico seriado “The Wonder Years”: 

“Outros dias, novos dias, dias por vir, a questão é que não devemos nos odiar uns aos outros porque envelhecemos, nós temos é que nos perdoar porque crescemos”. 

Que aproveitemos aquele defeito, aquele limite, aquilo que nos faz humanos e possamos curtir mais essa jornada dura chamada vida com mais leveza e aceitação das coisas que são imperfeitas.

Meus anos incríveis

Li de Kevin Kelly no fantástico “Excellent Advice for Living” (melhores frases aqui):

“Right now
no matter your age
these are your golden years”

Essa frase já valeu o livro inteiro.

Ou seja, não importa sua idade, você está vivendo seus anos incríveis, de ouro, fantásticos, agora!

Todos já fomos mais novos, já tivemos momentos legais, mais sem noção que hoje. Envelhecemos e temos a tendência de usar recordações como um comparativo. Mas essa frase desconstrói isso.

Esses são nossos anos incríveis. E nós somos responsáveis por isso através de nossas escolhas.

Tenho que concordar com o saudoso âncora de um telejornal aqui de Floripa: “Vamos fazer uma boa tarde”, ou seja “Olhando pra frente, vamos fazer um bom dia, uma boa semana, um bom mês, um bom ano, e garantir nossos anos incríveis”.

Até!

Um bom relato de amizade

Esses dias perguntei pra um amigo:

“Por que as pessoas, quando sabem que estou pra lançar meu livro de Customer Success, costumam falar:

‘Eu quero o meu autografado!'”?

Maioria delas são pessoas que tem fácil acesso a mim, amigos e familiares muitas vezes. Não entendo essa vontade de ter um autógrafo – e pior ainda, não entendo como vou conseguir autografar esses livros, que são sob demanda”.

E meu amigo respondeu o que acabou virando um bom relato de amizade:

“Existem pessoas que marcam a nossa vida. São ídolos ou pessoas que simplesmente nos inspiram. Como imagino que marcaste a vida de muita gente por alguns motivos, seja conselhos ou jeito de ser, isso tem valor.

Eu pessoalmente gostaria de ter essa dedicatória pois o mundo dá voltas, podemos estar morando em cidades ou países diferentes e a vida poderá nos afastar. E algum dia acontecerá de nunca mais nos vermos pessoalmente.

Ter um livro que posso ter na estante e daqui a 30 anos olhar e falar: ‘Meu grande amigo que fez'” e puxar a dedicatória, tem seu valor. Quando a pessoa significa para gente, essas coisas têm valor”.

E a partir dessa resposta não mais indagarei a motivação por trás de autógrafos do livro. Fez sentido e me deixou mais feliz por saber que tenho um bom amigo como este.

Para consolo de quem leva uma vida intensa

Vida intensa não é sinônimo de “viver como se não houvesse amanhã”.

Vida intensa, para mim ao menos, significa ter intensidade nas ações e propostas que abraçamos. Amigos, compromissos, agenda, futuro, relacionamento, Igreja, trabalho, música, conteúdos… Ter uma vida bacana, que às vezes se torna pesada com a quantidade de “sim’s” que damos, mas que vale a pena ser vivida.

Hoje, acho que se desse “não” para tudo e fosse essencialista na raiz não seria tão feliz quanto sou.

Pois bem, li uma frase de Hunter S. Thompson, jornalista americano falecido em 2005, que me consolou:

“A vida não deve ser uma jornada para o túmulo com a intenção de chegar em segurança em um corpo bonito e bem preservado, mas sim derrapar em uma nuvem de fumaça, completamente acabado, esgotado e proclamando em voz alta: ‘Uau! Que viagem!”

What a ride!

Por que não me adaptei ao Apple Watch?

Ao desejar me tornar um corredor melhor, comprei um Apple Watch meses atrás.

O objetivo era conseguir controlar melhor meu pace, controlar corridas, além de ter um relógio bonito e adaptável.

Problema 1: Não sou uma pessoa de notificações

A primeira coisa que fiz foi desativar todas as notificações, afinal não tenho notificações nem no celular (nunca tive!) que dirá num relógio de pulso. Se eu trabalhasse na rua e atendesse-respondesse mensagens por ali, seria o ouro. Mas trabalho com notebook o dia inteiro.

Acho que ele perdeu bastante seu dinamismo planejado pelos PMs da Apple só aí.

Problema 2: Lembrar de carregar

Ter mais um “filho” para carregar é mais uma task pro dia a dia. Volta e meia esquecia e não conseguia usar.

Problema 3: Não fez diferença na corrida

Concluí que o Nike Run (App que uso pra corrida) estava a um botão de distância de eu fazer o mesmo que faria no relógio, já no celular.

Os 3 pontos acima foram o bastante para concluir que foi uma compra equivocada! Resolvi então gastar o dinheiro com um novo par de Airpods que são absurdamente úteis para minha vida.

Ao mesmo tempo conheço pessoas que acham uma experiência fantástica e faz uma diferença enorme no gerenciamento de exercícios, trabalho e rotina, mas para mim definitivamente não fez sentido. Até!