Não há processo criativo sem tensão

Sem querer cliquei em um ótimo documentário: “Howard” da Disney+.

Ele conta a história do brilhante escritor e compositor Howard Ashman, que fez muitas das músicas e arranjos que você conhece nos filmes da Disney. Ele infelizmente faleceu de AIDS no começo dos anos 90.

Ao ser perguntado sobre o processo criativo dentro de filmes que participou como “Alladin” e “A Bela e a Fera”, com toda aquela pressão e prazos que a Disney tinha, Howard respondeu:

“Não há processo criativo sem o elemento da tensão, do conflito”

E não poderia concordar mais.

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Isso também passará

Acessei o texto abaixo através de uma Newsletter, que afirmou ser um ótimo conselho para um empreendedor. Achei tão bom que resolvi reproduzir aqui. Acesse o texto original em: https://www.beingpractical.com/2012/02/03/best-advice-any-entrepreneur-can-ever-get/

Dedico a todas as pessoas amigas e leitoras que vivem um momento difícil ou incerto. Para vocês, “This too shall pass…”.

Eis a história.

“Certa vez, um rei chamou todos os seus sábios e perguntou-lhes: “Existe um mantra ou sugestão que funciona em todas as situações, em todas as circunstâncias, em todos os lugares e em todos os tempos. Em cada alegria, cada tristeza, cada derrota e cada vitória? Uma resposta para todas as perguntas? Algo que possa me ajudar quando nenhum de vocês está disponível para me aconselhar? Diga-me, existe algum mantra?

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Liderança pelo exemplo

Às vezes me pergunto como pode ser possível lembrar-me de certos líderes em minha vida.

Antigos professores, monitores, dirigentes, chefes. Pessoas que possivelmente nem lembram de mim. Ao menos não com a mesma intensidade que lembro deles.

Líderes carregam por si só uma certeza praticamente infalível: serão observados com os olhares curiosos de seus liderados, seja por mera curiosidade ou por algo que os chama a atenção.

Da mesma maneira, líderes que dão exemplos negativos nos decepcionam de forma mais profunda, afinal deles se espera mais – e em muitos casos aí surgem grandes traumas em nossa vida: supostos líderes que nos decepcionaram.

Quando nos tornamos líderes, portanto, automaticamente precisamos entender que estamos propensos a nos tornamos referência para outras pessoas. 

Cabe a nós entendermos a grandeza desse passo e virarmos algumas chaves para acolher esse chamado e agirmos com maturidade.

Postar não necessariamente é apoiar uma causa

Uma grande frase do ator Ashton Kutcher no livro de Tim Ferriss:

“Postar sobre isso não adianta nada. […] Muitas pessoas pensam que estão apoiando uma causa, e a única coisa que estão fazendo é postar sobre isso nas redes sociais. Fazer algo é fazer algo, todo o resto é apenas conversa.”

Postar não é viver. 

Postar é como responder a pergunta: o que eu (meu ego) quer que os outros vejam. Como quero parecer em frente aos outros. Qual “eu”, vou mostrar ao mundo. Aos amigos e nem tão amigos. Aos chefes e colegas. À família. 

Nas redes sociais posso ser um ativista. Um benfeitor. Um filósofo. Uma pessoa que aproveita a vida ou uma pessoa estudiosa. Posso ser tudo. 

Quando posto algo visto a máscara que mais me convém. 

Mas… Quando as luzes do palco se apagam, que pessoas ajudo? Que causas defendo? Como faço pra tornar a vida das pessoas um pouquinho melhor? 

E nem digo uma missão complexa como erradicar a fome na África. Mas ao menos ajudar pessoas do seu bairro, do bairro vizinho, da redondeza. Já é um comprometimento e tanto! 

Diria o autor de roteiros Steven Pressfield: “Trabalho real e satisfação real vêm do oposto do que a internet oferece”.

Pergunta final: o que faltaria pra desprender mais tempo e-ou dinheiro para causas nobres sem pensar que a moeda de troca é mostrar essa boa atitude ao mundo?

Sobre viver sem propósito definido

Acredito que algumas pessoas possam bem viver sem propósito definido.

Parafraseio e concordo com o gestor de fundos James Altucher:

“Esqueça o propósito. Tudo bem ser feliz sem ele. A busca por um propósito único arruinou muitas vidas.”

Acho muito legal ferramentas de autoconhecimento como Ikigai e afins. Ideias assim podem revolucionar a vida de pessoas para o bem.

Mas para o mal também.

Gosto muito de uma frase de um dos meus filmes preferidos, Forrest Gump:

“Não sei se cada um de nós tem um destino, ou se estamos todos apenas flutuando acidentalmente como uma brisa, mas acho que talvez sejam os dois.”

A vida muda muito. Surpreende. Nos faz rir e chorar. Caso hoje eu defina que meu propósito é X, amanhã precisarei me adaptar diante dos percalços da vida. É mais ou menos assim. Li de Mandela: “Não importa onde você esteja na vida, há sempre mais jornada adiante”.

Concluindo, melhor que seguir um possivelmente frustrado propósito, prefiro uma definição que li na autobiografia de Andre Agassi

“É para isso que estamos aqui. Para lutar em meio à dor e, quando possível, aliviar a dos outros. Tão simples. Tão difícil de perceber”.