Sobre respeitar o tempo do seu mentor ou expert

Não há nada errado em querer fazer benchmarking, ou pedir uma mentoria gratuita – se inteirar sobre outra empresa, outra operação, outra pessoa que passou pelo que você passa.

Mas, acredito que precisamos respeitar mais o tempo do outro.

Explico: muitas vezes vejo grupos de Whatsapp ou até mensagens no inbox: “Vi [TAL COISA] e queria fazer um bench!”.

Afinal, qual o objetivo deste bench-mentoria? Qual desafio você passa? Precisa necessariamente acontecer via call (reunião remota)? Qual sua empresa? Qual seu modelo de negócio? Por que acha que a pessoa que você procurou vai te ajudar a solucionar exatamente?

Deixo uma dica interessante abaixo, baseada na teoria que o grande escritor Stephen King tem sobre conseguir coisas de outras pessoas:

“Olá, [NOME]! Vi que você é especialista em [ALGO] por causa de [ALGUMA COISA QUE LI OU VI OU UMA PESSOA EM COMUM].

Estou passando por [DESAFIO ATUAL] e seria valioso poder entender o que posso fazer melhor por aqui.

Você teria disponibilidade para conversar [X MINUTOS] sobre o assunto – ou se não tiver tempo no momento, podemos fazer por [OPÇÃO B e C, por exemplo Áudios do Whatsapp ou E-mail estruturado]?

Muito obrigado!”.

Ah, e assim que a pessoa aceitar, se comprometa a enviar previamente as principais perguntas ou desafios que você tem.

Certa vez passei 1h conversando com um time que mal sabia qual o desafio que tinha em mãos. Dava pra ver que não estava claro o por que daquela sessão de mentoria pra nenhum dos lados – não foi a primeira vez que isso aconteceu.

Respeite o tempo do outro, e assim você conseguirá ter melhores relações, benchmarks e um networking bacana!

O dia que você se tornou um escritor melhor

Este post simples foi feito por Scott Adams, criador de Dilbert, e está presente no seu Blog: https://dilbertblog.typepad.com/the_dilbert_blog/2007/06/the_day_you_bec.html

Resolvi traduzir ele para conseguir enviar para o maior número de amigos possível, após grandes referências que tenho no mercado citarem o mesmo post.

Divirta-se! Lui.

“Passei de um péssimo escritor a um bom escritor depois de fazer um curso de um dia em “redação de negócios”. Eu não conseguia acreditar como era simples. Vou te contar os principais truques aqui para que você não tenha que perder um dia de aula.

A escrita de negócios tem a ver com clareza e persuasão. A técnica principal é manter as coisas simples. A escrita simples é persuasiva. Um bom argumento em cinco frases influenciará mais as pessoas do que um argumento brilhante em cem frases. Não lute contra isso.

Simples significa livrar-se de palavras extras. Não escreva “Ele estava muito feliz” quando você pode escrever “Ele estava feliz”. Você acha que a palavra “muito” acrescenta algo. Não importa. Limpe suas frases.

A escrita de humor é muito parecida com a escrita de negócios. Precisa ser simples. A principal diferença está na escolha das palavras. Para fazer humor, não diga “tomar uma bebida” quando você pode dizer “tomar um trago”.

Sua primeira frase precisa prender o leitor. Volte e leia minha primeira frase deste post. Eu reescrevi uma dúzia de vezes. Isso te deixa curioso. Essa é a chave.

Escreva frases curtas. Evite colocar vários pensamentos em uma frase. Os leitores não são tão espertos quanto você pensa.

Aprenda como os cérebros organizam ideias. Os leitores compreendem que “o menino acertou a bola” mais rápido do que “a bola foi acertada pelo menino”. Ambas as frases têm o mesmo significado, mas é mais fácil imaginar o objeto (o menino) antes da ação (a batida). Todos os cérebros funcionam dessa maneira. (Observe que eu não disse: “É assim que todos os cérebros funcionam”?)

É isso aí. Você acabou de aprender 80% das regras de uma boa redação. De nada.”

Scott Adams

O lado difícil das situações difíceis: Ítalo Ferreira

Na minha opinião, um cara que ainda vai trazer muitas alegrias pro Brasil é o Ítalo “ídolo” Ferreira.

Após ter o passaporte e carro roubados, enfrentar um vôo pro Japão que atrasou devido a um furacão, sem roupa e prancha (emprestadas), ele entrou na água faltando 9min pro fim da sua bateria, seletiva para as Olimpíadas.

Com uma bermuda jeans e prancha desconhecida, em 9min o cara garantiu um 5 e um 8.33 que lhe deram a vitória.

O fato é: a vida não nos deve nada. O sucesso pertence a quem corre atrás até quando parece tudo ir contra!

Como diria Edmar Ferreira, já citado aqui no Blog, “Faça o que você pode, com o que você tem, onde você está!”.

Assim que o incomparável Medina deixar, o Ítalo ainda nos trará um ou mais canecos – se depender de seu surf e sua garra.

Como definir o posicionamento tático da sua startup?

Faz tempo que sou fã do fundador e CEO da Omie Experience, Marcelo Lombardo.

O cara tem muitos anos de mercado, passou por muita coisa e conseguiu construir um produto inovador: uma plataforma completa para ERP, a Omie.

Acompanhando a palestra dele no evento Vendas B2B Summit, ele compartilhou 2 slides muito interessantes e que volta e meia entram em discussão em mesas de lideranças, C-Level e demais decisores de startups: o posicionamento tático.

Quer um exemplo de quão é difícil definir isso?

Se você está redefinindo o site de sua empresa e sentiu dificuldade para se comunicar com o mercado, por exemplo. Quão agressivo você precisa ser? Como deve lidar com a questão dos concorrentes? Como deve comunicar benefícios? Como comunicar coisas que joguem ao favor e não contra? Dentre tantos outros pontos.

Como um time de futebol, sua startup pode jogar de diversas formas, as quais o Marcelo trouxe 3 para melhor ilustrar, e as intitulou de Gorila, Chipanzé ou Mico.

Obs: Apesar dos nomes, ele lembrou que a estratégia depende de empresa pra empresa. Não há nada de errado em ser mico, ok?

Sem mais delongas, e com autorização do autor, envio aqui os 2 slides da apresentação e provoco: sua startup hoje é Gorila, Chipanzé ou Mico?

Até a próxima!

A importância da nomenclatura

Você tem o costume de nomear as coisas?

Lendo um grande livro de Amyr Klink, chamado “Mar sem fim”, destaquei uma frase:

“Não mudei o seu nome quando fui registrá-la porque creio que todo barco adquire uma certa personalidade com o nome de batismo, especialmente uma canoa.” (pg.9)

Amyr é realmente um cara inspirador! Neste livro, narra com detalhes a viagem que fez do sudoeste da África à Paraty. Recomendo a leitura de Mar sem Fim.

O fato é: assim como uma canoa, existem viradas de chave; processos; novidades; ações contínuas que precisam ser nomeadas, especialmente em startups que crescem muito rápido.

Por exemplo: certa vez, quando estava na Geekhunter, notei que os vendedores precisavam dedicar diariamente parte do dia para realização de ligações para os clientes, e me vi diante de uma escolha, entre:

Opção 1 – Chamar isso pelo nome da própria atividade, ou seja “Ligar para clientes”

Opção 2 – Criar um nome que marcasse essa atividade, dando personalidade ao fato, como disse nosso amigo Amyr Klink

Optando pelo 2, lembrei de uma frase que falava Chacrinha, “Quem não se comunica se trumbica”, e em uma divertida reunião semanal lancei o nome “Operação Chacrinha”.

Se tivesse optado pelo 1 teria tido menos resultado? Não sei dizer, mas sei que a moda da “Operação Chacrinha” pegou e conseguimos atingir os objetivos de contato.

Esse é um exemplo simples, mas compartilho outros tantos nomes que ajudei a batizar ou presenciei o nascimento com pares e liderados ao longo da carreira:

“Get Ready” – Programa de treinamentos para novatos
“Movi Start” – Idem acima
“[XXX] 2.0” – Usado para nomear projetos que visam otimizar a versão anterior do que estava sendo feito (até ir avançando 3.0, 4.0, etc.)
“5Ds do Implantador” – 5 diretrizes magnas para um Implantador realizar antes, durante e pós call
“Perseverança” – Nome de uma apresentação de meio de mês em vendas
“Velhos e Novos Onboardings” – Usado para criar um senso de antes e depois de Onboardings feitos com clientes
“TheCXFactor” – Série de Webinars, que teve os 2 primeiros episódios sem nome, e pensando em criar-se uma identidade, nasceu

Pergunto: o que, no seu dia a dia ou se tratando de novidades e mudanças poderia ser batizado?

Até a próxima!