Por que não me adaptei ao Apple Watch?

Ao desejar me tornar um corredor melhor, comprei um Apple Watch meses atrás.

O objetivo era conseguir controlar melhor meu pace, controlar corridas, além de ter um relógio bonito e adaptável.

Problema 1: Não sou uma pessoa de notificações

A primeira coisa que fiz foi desativar todas as notificações, afinal não tenho notificações nem no celular (nunca tive!) que dirá num relógio de pulso. Se eu trabalhasse na rua e atendesse-respondesse mensagens por ali, seria o ouro. Mas trabalho com notebook o dia inteiro.

Acho que ele perdeu bastante seu dinamismo planejado pelos PMs da Apple só aí.

Problema 2: Lembrar de carregar

Ter mais um “filho” para carregar é mais uma task pro dia a dia. Volta e meia esquecia e não conseguia usar.

Problema 3: Não fez diferença na corrida

Concluí que o Nike Run (App que uso pra corrida) estava a um botão de distância de eu fazer o mesmo que faria no relógio, já no celular.

Os 3 pontos acima foram o bastante para concluir que foi uma compra equivocada! Resolvi então gastar o dinheiro com um novo par de Airpods que são absurdamente úteis para minha vida.

Ao mesmo tempo conheço pessoas que acham uma experiência fantástica e faz uma diferença enorme no gerenciamento de exercícios, trabalho e rotina, mas para mim definitivamente não fez sentido. Até!

Herbert A. Simon: 4 lições para a vida

Como de costume, estava no Twitter a noite e vi um post interessante.

Os top 7 livros da vida do investidor Charlie Munger. Óbvio que cliquei. O primeiro se chamava “Models of my life” do ganhador do Nobel de Economia de 1978, Herbert A. Simon.

Fui pesquisar mais a fundo e achei algumas frases soltas do autor, falecido em 2001. Talvez leia ele algum dia, mas o preço do Kindle me assustou. As 4 lições que tirei lendo algumas frases do livro foram:

“A leitura é uma das principais ocupações da vida. Assim como com a alimentação, também com a leitura, sou quase onívoro. Mas meu estômago para palavras é mais resistente do que meu estômago para alimentos ricos, então não me raciono.”

Os livros são a maior fonte de conhecimento. Eles não fornecem as respostas diretamente, mas você mesmo deve desenterrá-las.

Jornais são uma perda de tempo.

A inovação não vem da geração de ideias, mas da disseminação. Isso pode ser feito falando e escrevendo e é muito facilitado pela construção de lares institucionais para eles.

Fantástico!

Tom Perkins: risco de mercado x risco técnico

Li mais de uma vez na Newsletter “Sunday Drops” do Lucas Abreu e resolvi registrar.

O VC Tom Perkins defende:

O risco de mercado é inversamente proporcional ao risco técnico.

  • Um restaurante tem risco técnico baixíssimo, mas um grande risco de mercado pois concorre com qualquer lugar que mate a fome de alguém
  • A cura do Câncer, pelo contrário, tem baixo risco de mercado pois seria inédita e desejada pelo mundo inteiro, mas tem um grande risco técnico, não à toa não foi descoberta até hoje

São forças inversamente proporcionais.

Lembro que presenciei um VC saindo de uma Assessoria de Investimentos, perguntando: “Quantos % do time de vocês é Tech?”. Como que querendo saber o risco de mercado que estava envolvido em investir por lá.

Aprendizado que faz sentido e leva a muitas Startups conseguirem sair do passo inicial, graças ao alto risco técnico que as leva a águas mais profundas.

David Deutsch: explicação > previsão

Ciência útil é a que traz explicação ao invés da mera previsão.

Um dos meus pensadores atuais preferidos, Deutsch, um físico israelense defende essa ideia.

Em resumo:

  • Na ciência, não basta apenas que uma teoria seja capaz de fazer previsões precisas sobre os fenômenos observados.
  • Uma teoria científica também deve ser capaz de fornecer uma explicação clara e coerente desses fenômenos.

Para Deutsch, uma explicação científica deve ser capaz de responder a perguntas como “Por que?” e “Como?” de uma maneira que faça sentido e esteja de acordo com o conhecimento atual da ciência.

Por exemplo, a teoria da evolução de Darwin é capaz de explicar como e por que as espécies mudam ao longo do tempo, em vez de apenas fazer previsões sobre como essas mudanças ocorrerão.

Além disso, Deutsch argumenta que as explicações científicas devem ser testáveis e capazes de serem refutadas pela evidência empírica. Isso significa que uma teoria científica deve estar sujeita a experimentos e observações que possam confirmar ou refutar suas previsões e explicações.

Em resumo, para Deutsch, a capacidade de uma teoria científica de fornecer explicações claras e coerentes dos fenômenos observados é tão importante quanto sua capacidade de fazer previsões precisas.

Isso me remeteu a muitos conteúdos que vemos hoje em dia: “Tendências” ou “Previsões” feitas a partir de interesses individuais. Se vendo guarda-chuvas grito ao mundo que a tendência é chover como nunca antes, metaforicamente falando.

De certa forma isso vem em encontro com esta ideia de Spolski: É mais fácil reescrever o código, do que entendê-lo

Um brinde a todos os que tentam explicar ao invés de meramente prever.

Pode-se fazer melhor

Ouvi uma ideia de Galvão Bueno no ótimo canal “Um assado para…” de Duda Garbi.

Ele comentou que Boni, chefão da Globo, tinha o costume de falar: “Pode-se fazer melhor”.

Exemplo: Galvão arrasava numa narração, cumpria seus objetivos, entregava o que era pedido e após a transmissão, Boni o falava:

“Muito bom, mas lembre que pode-se fazer melhor”

E o narrador comentou que mostra essa frase diariamente para os funcionários da sua vinícola.

Achei interessante. A ideia de evolução contínua, de não se bastar, em forma de um simples mantra. Vou tentar levar pra vida!