Escolher qual cidade morar

De Naval Ravikant:

“Existem basicamente 3 grandes decisões que você toma no início de sua vida:

1-onde você mora; 2-com quem está; 3-o que faz.

Gastamos muito pouco tempo decidindo qual relacionamento entrar.

Gastamos muito tempo em um trabalho, mas gastamos tão pouco tempo decidindo em qual trabalho entrar.

Escolher em que cidade morar pode determinar quase completamente a trajetória de sua vida, mas gastamos tão pouco tempo tentando descobrir em que cidade morar.”

Refletindo o primeiro ponto, para mim existem 3 tipos de cidades:

1.Cidade onde os outros passam férias

  • Ex: Florianópolis; Rio de Janeiro; Salvador; etc.
  • Se tem gente o ano todo tirando foto, fazendo selfie, trazendo família, admiradas com a vista, praias, natureza, vários atrativos, etc. – é uma cidade onde os outros passam férias
  • Existem alguns contras como trânsito, dependendo da época do ano, e dificuldade para fazer coisas simples devido a um ônibus de turistas enorme descer em sua frente num restaurante

2.Cidades normais

  • Muitas vezes não tem praias, vistas, montanhas bacanas a ponto de uma pessoa juntar $ do ano para passar dias por lá – a não ser que more em cidades vizinhas, claro
  • Podem até ter “pontos turísticos” mas não se encaixam em cidades em que muitas pessoas passam férias
  • Aqui trago cidades que não tem atrativos o suficiente para pessoas passarem férias como o item anterior
  • É uma cidade bacana, com sua praça, sua Igreja; sua prefeitura; sua chopperia; seu restaurante de PF – mas uma cidade normal, muitas vezes pacata
  • Muita gente se muda de cidades que se tornam violentas, para vir para essas – com custo baixo, viver uma vida mais simples, sem trânsito e afins
  • Na pandemia vi muitas pessoas migrando para essas cidades com a liberdade do home office e trabalho remoto

3.Cidades diferentes

  • Aqui me refiro quase única e exclusivamente a cidades de exterior
  • Ex: se eu for morar no interior do Texas, para um americano comum pode ser uma roubada – mas para mim é tão diferente do que vivo que seria quase um sonho. Com o tempo talvez ficasse chato, mas a novidade da diferença comparado a minha realidade por vezes basta
  • Por essas e outras vemos muitos brasileiros lá fora em “roubadas” comparado ao conforto que tinham aqui (colhendo caqui na Nova Zelândia ou sendo entregador em Nova York), mas com essa novidade em vigência, uma outra vida, outra cultura, etc.

Acho que tudo depende de objetivos, budget, família, amizades, emprego e afins – mas penso que hoje vivo um cenário perfeito: moro em Floripa, uma cidade que outros passam férias.

Confesso que gosto de correr na Beiramar e ver que pessoas economizaram sei lá quanto $ e por quanto tempo para estarem ali passeando – e isso é tipo meu quintal de casa. É como uma afirmação de ter feito a escolha certa.

Misture isto com estar no mercado Startups-Tech na “Ilha do Silício”, ou seja, ter demanda, emprego batendo à minha porta, e ter família e amigos.

Simplesmente, é unir o útil ao agradável. Floripa me gera muitas oportunidades, inspiração e só sairia daqui para ir para fora – EUA ou Europa, e olhe lá. 🏔

Status social do cliente como estratégia de retenção

“Pessoas gastam dinheiro de maneiras previsíveis:

⏰ se salva tempo, as pessoas vão pagar

💰 se gera receita, vão pagar mais ainda

🎯 se resolve uma dor real, vão pagar mês a mês

🫅 se trouxer status, vão pagar sempre”

by Greg Isenberg

Em SaaS B2B reflito muito sobre o ponto do status 🫅.

Aqui eu traduziria para “reconhecimento na empresa; projeto bem sucedido; promoção; aplausos” e por aí vai.

A pergunta que temos que nos fazer é: como minha solução dá novos horizontes à carreira do usuário do meu produto? Aqui moram oportunidades bem interessantes. 🏔

Por mais que escreva, nunca atinjo um destino (Haruki Murakami)

Relendo “Do que eu falo quando eu falo de corrida” do mestre Murakami me deparei com este trecho:

“Como suspeito que seja o caso com muita gente que vive da escrita, enquanto escrevo penso em todo tipo de coisa.

Não necessariamente ponho no papel o que estou pensando; é só que, enquanto escrevo, penso sobre as coisas.

Enquanto escrevo, ordeno meus pensamentos. E reescrever e revisar conduz meus pensamentos por caminhos ainda mais profundos. Por mais que escreva, contudo, nunca chego a uma conclusão.

E por mais que eu reescreva, nunca atinjo um destino.”

E é bem por aí. Para mim escrever é como andar pra frente, como respirar, como acordar. Inevitável, interminável, eterno. 🏔

Ideias entendidas valem mais que número de livros

Li um tweet antigo do Naval Ravikant:

Isso me fez pensar sobre a galera que bota meta de número de livros lidos ao fim de um período.

Nada contra, melhor que passar dias, semanas, meses no Instagram. Mas não tenho certeza da efetividade desta ação.

Estou longe de achar que li todos os livros que me bastam para conhecer mais meu universo, o mercado, a carreira e a vida. Quero ler muito e até meu último dia de vida, se Deus permitir.

Mas existem certos livros que fazem tanto sentido, mas tanto, que não poderiam ficar na parte “baixa” da Taxonomia de Bloom (lembrar; compreender…) mas sim na parte “alta” (analisar, avaliar, criar…):

A maneira que eu resolvo isso é usando Kindle para todos os livros possíveis + destacando melhores trechos + postando neste Blog + relendo constantemente.

Para mim é a única maneira de internalizar estas ideias. Caso contrário, 1 ano depois da leitura o máximo que eu conseguiria falar seria: “Este livro é sensacional” -> por que, Lui? -> “Hm, não sei exatamente”.

Portanto concordo com Naval: ao invés de se perguntar “quais livros devo ler?”, se pergunte “quais ideias devo entender (e analisar, avaliar, criar!)”. 🏔

Minha estratégia de conteúdo 2025

Estava revendo como foi meu ano de conteúdos em 2024.

Como muitos sabem, sou “creator” por hobbie. Tirando 2023 que prestei consultoria full time, todo o resto dos anos o fiz porque preciso fazer, pois é parte de mim – sempre caminhando junto com a vida CLT.

Se escrevo, aprendo; se produzo conteúdo, me coloco como referência. E assim nasceram este Blog; Podcast; Livro; Newsletter e por aí vai.

Pois bem, em 24 aprendi:

  • Meu principal canal é Publicação do Linkedin: consigo ter um alcance muito grande comparado a outros. Fiz poucos posts aqui e senti que foi alocação de tempo no lugar errado
    • Podcast de Entrevistas foi muito legal: não me arrependi, e os conteúdos serão usados por anos e anos e estão sendo transformados em ebook – mas não continuarei em 25. Vou voltar ao bom e velho “pergunte ao Lui” solo, especialmente por falta de tempo
    • A minha Newsletter na Substack performou bem pior que achava. É muito bom solidificar ideias mais profundas por lá, mas me pergunto se tivesse gastado a mesma energia em publicações no Linkedin, o quanto isso teria gerado. Vou continuar a news, mas dando menos energia
    • Este Blog foi muito alimentado, pois cada ideia que tenho-ouço-consumo está aqui registrada. Foram dezenas de mini-posts. Amo este Blog, apesar de não divulgar nunca.

Fato é: li o post “Ilhas de Conteúdo” do Victor Wendt e resolvi fazer o mesmo exercício visando 2025. Concluí que meus conteúdos tem 6 pilares:

1.Operação CS2.Tática e Estratégia CS3.CS e outros setores4.Processos seletivos5.Startups/Tech em geral6.Carreira em CS
calls; momentos com clientes; cliente “no palco”jornada; métricas; metas; OKRs; onboarding; ongoing; CS OPS; ferramentasrelação CS + vendas; financeiro; mkt; produtocomo se destacar para vagas de CSnovidades; olhar macro; mercado; AIreflexão sobre minhas escolhas; carreira; caminhos da carreira em CS

E penso que todos os 6 pilares podem se encaixar em 3 diferentes tipos de conteúdo:

1.EDUCAR: ensinar o público sobre algo; bater o martelo sobre algum tema específico; se portar como professor do que é ou não é via repertório e experiências.

>de preferência SEG-QUA

2.QUESTIONAR: deixar a bola quicando para interações nos comentários; terminar publicação com perguntas como: “o que acha?” ou “qual sua opinião sobre?”.

>de preferência SEG-QUA

3.INSPIRAR: trazer reflexões mais profundas, oriundas de outros autores-founders-pensadores e afins, desde que tenham relação com os 6 pilares

>de preferência QUI-SEX

Foi um exercício interessante para começar 25 entendendo melhor a persona que devo ser – especialmente para a teoria de voltar mais o tempo para Publicações no Linkedin. 🏔