Não se canse do seu conteúdo

Li um bom mini-post do Seth Godin chamado “Boring to who?” (“Chato pra quem?”).

Penso que serve para todo Creator, empreendedor, pessoa que gera conteúdo e às vezes se cansa de falar a mesma coisa, ou bater na mesma tecla, ou simplesmente educar pessoas num geral.

Segue o post em tradução livre:

“Às vezes, profissionais de marketing, músicos ou palestrantes acabam se perdendo em um buraco egoísta.

Eles já ouviram seu próprio material antes. Acham que todo mundo também já ouviu.

Então, acabam escondendo a mensagem principal, buscando novas risadas e, acima de tudo, tentando evitar o próprio tédio.

Isso muitas vezes leva a confusão, polêmica ou, principalmente, a uma mensagem confusa.

Você não gera conteúdo para se auto-entreter. Está aqui para ensinar o próximo grupo de pessoas que precisa ouvir o que você tem a dizer.

Empatia na comunicação exige que você repita o que funciona enquanto explora a próxima camada do que pode funcionar ainda melhor.

Como dizia meu falecido amigo Jay Levinson:

“Não mude sua história quando você estiver entediado, ou quando seu cliente estiver entediado, ou quando seu time estiver entediado. Mude sua história quando o seu espectador estiver entediado.”


  • No meu caso, em Customer Success, vejo que estou falando a mesma coisa há anos e anos -> e mesmo assim soa como novidade e gera valor para muitas pessoas ao longo do caminho. Preciso pensar nisso para não desanimar ou me aposentar como creator por encher o saco.
  • Acho que a vibe é: preciso ter um mindset “Paul Mccartney” que canta “Let it Be” há 55 anos, com a mesma energia. É por aí.

Ótimo insight, valeu Seth.

A finalidade de uma reunião

Li no Twitter:

“A maioria das reuniões não tem outra finalidade senão diluir responsabilidades,

adicionando artificialmente consenso ao que deveria ser uma decisão individual.”

Achei relevante para refletir: uma reunião muitas vezes é “jogar pro alto” um problema ou decisão ao invés de matar no peito e assumir – ou pior dos casos chegar mais decidido para a reunião.

Afinal, um líder é pago para tomar melhores decisões de formas mais rápidas.

Até!

Trabalho remoto em tech dá certo quando…

Estava pensando sobre aquela dicotomia de:

  • “Na empresa X o remoto dá super certo!” e “Nessa outra voltaram com o presencial por falta de produtividade”

Para mim existem 2 simples fatores que fazem o trabalho remoto em empresas de tecnologia vingar ou não:

1.Senioridade do time

  • Queridos leitores, se o time é Senior (ou maduro) é uma coisa
  • Provavelmente são pessoas que já tiveram alguns anos no presencial, sabem regras básicas e rituais e (pelo menos desde a pandemia) tiveram anos pra “aprender” a produzir e se relacionar-comunicar remotamente
  • Essas pessoas normalmente pensam em fazer cases ou escolheram a empresa a dedo (com outras oportunidades batendo à porta) e querem fazer acontecer
  • Muitas delas entram as 9h e saem as 18h mas são super produtivas nas horas de trabalho
  • Conversei com um founder recentemente que virou muitas chaves optando por trazer um time em sua esmagadora maioria, de Seniores com este perfil que citei
  • Agora, se o time é Junior existem premissas que precisam ser pensadas das coisas mais básicas como rituais; definição de trabalho; entregas; cobranças; comunicação e afins
  • Não é culpa de alguns membros da Geração Z de não terem trabalhado presencial, longe disso, mas a curva de rampeamento sobre ‘definição de trabalho’ precisa ser um assunto relevante -> vai da empresa montar um bom Onboarding de funcionários e acompanhar de perto isso tudo com bons 1-1s, PDIs e afins
  • Leia: ZConomy, vale a pena

2.Momento da empresa

  • Quase ninguém fala disso, mas na real é super relevante!
  • Startups ou empresas pequenas em estágio inicial, muitas que não acharam Product Market Fit ainda, com certeza vão penar mais (ou demorar mais para avançar) no remoto
  • Eu já trabalhei em uma que tenho certeza que se o trabalho fosse presencial ou encontros mais rotineiros e intensos, isso teria acelerado muito as coisas
  • Fato é: empresas sem Playbooks penam mais começando no remoto
  • Já empresas mais maduras, com Playbooks bem definidos e máquinas rodando (Startups mais consolidadas, Scale-ups, etc.) ganham essa facilidade do remoto justamente pois os Playbooks estão lá para serem seguidos
  • Normalmente, existem ferramentas, automações, dashboards e muita clareza em processos. É até fácil entender quem demitir pois as regras são claras, por exemplo

Para mim o sucesso ou fracasso do remoto passa por esses 2 fatores. Até!

Sobre contratar pessoas adaptáveis (Seth Godin)

Li um mini post do mestre Seth Godin e resolvi adaptar e traduzir:

“Quando uma empresa descobre um modelo de sucesso, ela começa a crescer.

E quando cresce, precisa de mais funcionários. E contratam funcionários para tasks específicas e habilidades para fazer essas tasks.

Basicamente a empresa precisa de uma pessoa que entregue de forma confiável e obediente o que é preciso AGORA.

E essa é a base para a estagnação.

Quando as coisas mudam, e isso sempre acontece, a empresa fica cheia de pessoas que se inscreveram (e foram contratadas) para competências específicas.

O que aconteceria se, em vez disso, contratássemos solucionadores de problemas e artistas de improvisação resilientes que estivessem dispostos a fazer o trabalho de hoje porque ele precisava ser feito…

…Mas também estivessem preparados (e ansiosos) para o desafio de amanhã?

Acho que faz muito sentido, pois muitas vezes nos vemos presos na description de cada job e não notamos que períodos de mudanças podem gerar desenvolvimento de habilidades que demonstrem que a mesma pessoa consegue surfar ondas maiores.

Thanks, Seth.

Customer Success precisa ser técnico?

Li um bom post de Dan Ennis (diretor de CS na Workato) e fiz uma tradução:

“Times de CS: não tenham medo de sujar as mãos com desafios técnicos dos seus clientes.

Para serem estratégicos, vocês precisam ganhar esse direito. Um bom CS precisa fornecer uma verdadeira consultoria do negócio do cliente.

Se para você “ser estratégico” = “não sujar as mãos” no seu produto, você está prejudicando sua capacidade de abordar temas estratégicos.

Embora nosso objetivo final com clientes seja ajudá-los a gerar ROI, temos que ser capazes de atender às necessidades técnicas imediatas que clientes enfrentam.

Por isso, não tenha medo de ser tático com seu Produto ao falar com clientes -> pois isso lhe dará o direito de ser estratégico sobre assuntos mais importantes.”

Eu Lui gostei, e acho que serve especialmente para times de CS que se acostumaram com slides e narrativas fora do verdadeiro core que, no fim do dia, é Produto.