Como não indicar pessoas para vagas

Pense na seguinte situação:

Uma nova vaga surgiu em sua empresa, ou empresa de algum amigo.

Você, no susto, já pensa: “Vou indicar aquela pessoa!”.

Pense bem nisto. Será que vale a pena indicar mesmo? Preste atenção nesses 2 cenários:

1-“Minha amiga está procurando, ela é muito gente boa”

  • Antes, confira se a vaga possui requisitos, por ex., ter experiência de 3 anos na job
  • Se tiver fit com a Descrição da Job, legal! Senão, provavelmente não faça sentido indicar.

2-“Um funcionário saiu (ou foi demitido) da minha empresa, vou ajudar ele”

  • Essa pessoa realmente é boa o suficiente para trabalhar nessa empresa? Você contrataria, se tivesse em outra empresa, por ex.? Ou essa indicação envolve alguma sensação de reparação pela saída da pessoa?
  • Mesma coisa: se tiver fit com a Descrição da Job, legal! Senão, não.

Em casos mais raros, sem Job Description ou clareza da job, talvez em uma Startup em Product-Market Fit por exemplo, “ser gente boa” pode ser o suficiente. Em vagas mais maduras, dificilmente.

Créditos a Taís Graff, coordenadora de CSM da Convenia que inspirou este artigo.

O que o falecido diria? (Ashton Kutcher)

Ouvi um ótimo Podcast do Reid Hoffmann com Ashton Kutcher, link aqui.

Para quem não sabe além de ator, ele é um grande Venture Capitalist e investiu em empresas como Airbnb, Uber, Foursquare, Robin Hood e outras.

Sobre Inteligência Artificial, Ashton relatou:

“Tive um amigo que era rabino. Ele faleceu 8 anos atrás.

Juntei todos os vídeos e livros dele e integrei essa base de dados com o GPT.

Se estou pensando na Torá, consigo ir até o GPT e fazer boas perguntas para trazer a perspectiva que meu amigo provavelmente teria, sobre o assunto.”

Isso soa mórbido demais para você, leitor, ou até algo “sobrenatural” (praticamente, falar com um morto)? Ou é algo completamente comum do nosso universo de AI que precisamos normalizar?

Fica a reflexão!

Não se canse do seu conteúdo

Li um bom mini-post do Seth Godin chamado “Boring to who?” (“Chato pra quem?”).

Penso que serve para todo Creator, empreendedor, pessoa que gera conteúdo e às vezes se cansa de falar a mesma coisa, ou bater na mesma tecla, ou simplesmente educar pessoas num geral.

Segue o post em tradução livre:

“Às vezes, profissionais de marketing, músicos ou palestrantes acabam se perdendo em um buraco egoísta.

Eles já ouviram seu próprio material antes. Acham que todo mundo também já ouviu.

Então, acabam escondendo a mensagem principal, buscando novas risadas e, acima de tudo, tentando evitar o próprio tédio.

Isso muitas vezes leva a confusão, polêmica ou, principalmente, a uma mensagem confusa.

Você não gera conteúdo para se auto-entreter. Está aqui para ensinar o próximo grupo de pessoas que precisa ouvir o que você tem a dizer.

Empatia na comunicação exige que você repita o que funciona enquanto explora a próxima camada do que pode funcionar ainda melhor.

Como dizia meu falecido amigo Jay Levinson:

“Não mude sua história quando você estiver entediado, ou quando seu cliente estiver entediado, ou quando seu time estiver entediado. Mude sua história quando o seu espectador estiver entediado.”


  • No meu caso, em Customer Success, vejo que estou falando a mesma coisa há anos e anos -> e mesmo assim soa como novidade e gera valor para muitas pessoas ao longo do caminho. Preciso pensar nisso para não desanimar ou me aposentar como creator por encher o saco.
  • Acho que a vibe é: preciso ter um mindset “Paul Mccartney” que canta “Let it Be” há 55 anos, com a mesma energia. É por aí.

Ótimo insight, valeu Seth.

A finalidade de uma reunião

Li no Twitter:

“A maioria das reuniões não tem outra finalidade senão diluir responsabilidades,

adicionando artificialmente consenso ao que deveria ser uma decisão individual.”

Achei relevante para refletir: uma reunião muitas vezes é “jogar pro alto” um problema ou decisão ao invés de matar no peito e assumir – ou pior dos casos chegar mais decidido para a reunião.

Afinal, um líder é pago para tomar melhores decisões de formas mais rápidas.

Até!

Trabalho remoto em tech dá certo quando…

Estava pensando sobre aquela dicotomia de:

  • “Na empresa X o remoto dá super certo!” e “Nessa outra voltaram com o presencial por falta de produtividade”

Para mim existem 2 simples fatores que fazem o trabalho remoto em empresas de tecnologia vingar ou não:

1.Senioridade do time

  • Queridos leitores, se o time é Senior (ou maduro) é uma coisa
  • Provavelmente são pessoas que já tiveram alguns anos no presencial, sabem regras básicas e rituais e (pelo menos desde a pandemia) tiveram anos pra “aprender” a produzir e se relacionar-comunicar remotamente
  • Essas pessoas normalmente pensam em fazer cases ou escolheram a empresa a dedo (com outras oportunidades batendo à porta) e querem fazer acontecer
  • Muitas delas entram as 9h e saem as 18h mas são super produtivas nas horas de trabalho
  • Conversei com um founder recentemente que virou muitas chaves optando por trazer um time em sua esmagadora maioria, de Seniores com este perfil que citei
  • Agora, se o time é Junior existem premissas que precisam ser pensadas das coisas mais básicas como rituais; definição de trabalho; entregas; cobranças; comunicação e afins
  • Não é culpa de alguns membros da Geração Z de não terem trabalhado presencial, longe disso, mas a curva de rampeamento sobre ‘definição de trabalho’ precisa ser um assunto relevante -> vai da empresa montar um bom Onboarding de funcionários e acompanhar de perto isso tudo com bons 1-1s, PDIs e afins
  • Leia: ZConomy, vale a pena

2.Momento da empresa

  • Quase ninguém fala disso, mas na real é super relevante!
  • Startups ou empresas pequenas em estágio inicial, muitas que não acharam Product Market Fit ainda, com certeza vão penar mais (ou demorar mais para avançar) no remoto
  • Eu já trabalhei em uma que tenho certeza que se o trabalho fosse presencial ou encontros mais rotineiros e intensos, isso teria acelerado muito as coisas
  • Fato é: empresas sem Playbooks penam mais começando no remoto
  • Já empresas mais maduras, com Playbooks bem definidos e máquinas rodando (Startups mais consolidadas, Scale-ups, etc.) ganham essa facilidade do remoto justamente pois os Playbooks estão lá para serem seguidos
  • Normalmente, existem ferramentas, automações, dashboards e muita clareza em processos. É até fácil entender quem demitir pois as regras são claras, por exemplo

Para mim o sucesso ou fracasso do remoto passa por esses 2 fatores. Até!